Foram nove dias de festival, levando a arte milenar às comunidades, hospitais, escolas e instituições da capital
Mais de 30 apresentações e 250 artistas circenses contemplados em nove dias do 3º Festival de Circo do Amazonas. O encerramento da temporada “teve espetáculo, sim senhor”, desta vez, no Teatro Amazonas, que abriu as portas na manhã deste domingo (02/04) levando para o palco, números de malabarismo, magia e, o espetáculo 100% interativo, “O Sarau do Feupuuudo”, de Marcos Efraim.
O festival, que chegou na sua terceira edição, é uma realização do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Fundo de Promoção Social. Para o secretário da pasta, Marcos Apolo Muniz, que atuou na arte circense por mais de 15 anos, o festival une teatro, música e a resistência da arte milenar.
“A gente chega ao encerramento do Festival do Circo com o coração transbordando de alegria, com mais de 30 apresentações com o público expressivo em todas as atividades, 250 artistas envolvidos e interagindo com os internacionais do Circo Kroner, trabalhando com crianças da escola pública, tudo isso para que a gente possa não só levar alegria a essas famílias, gerar emprego e renda, como também, valorizar a cultura, a arte do circo”, comemora Apolo, garantindo a continuidade do festival. “A gente já fica ansioso, o que nos aguarda no próximo ano, na quarta edição do festival”, antecipa o secretário.
O Festival do Circo durou nove dias e levou apresentações também aos espaços culturais, como Parque Rio Negro, no bairro São Raimundo, zona oeste, escolas públicas, hospitais infantis, instituições, comunidades, além do município de Manaquiri e Itacoatiara. A edição contou também com a oferta de cursos gratuitos de arte circense no Centro Cultural Barravento, no bairro Praça 14 de Janeiro, zona sul.
Programa de domingo
Na expectativa da entrada ao teatro, Luzimeire Moreno e o filho de seis anos, Saulo Moreno, são frequentadores assíduos dos espetáculos no Teatro Amazonas. “Essa iniciativa eu acho fantástica, desde que meu pequeno nasceu, a gente vem aqui (teatro), gostamos de estar aqui e é sempre bom para trazer a comunidade, para prestigiar esse evento é muito legal”, recomenda.
Com a experiência de quem conhece a programação da Casa, Saulo também disse gostar muito das apresentações. “Eu acho super legal, é tipo uma apresentação que abre as portas ao circo. Toda vez que venho é um tema diferente. Eu adoro esses temas, são muito legais”, ressaltou.
Uma manhã de domingo diferente para a família da professora Priscila Jovino, que aproveitou o espetáculo no Teatro Amazonas para prestigiar o evento de fácil acesso. “O momento que estamos reunindo a família para prestigiar os eventos da cidade, prestigiar os nossos artistas, então, o circo está sendo mais acessível para todo mundo”, comemora.
O espetáculo
A companhia de teatro, “Os Saltimbancos” participou do encerramento da temporada. Willian Robattini, responsável pelo grupo, integra a classe de artistas circenses há mais de 15 anos e, para ele, o festival vai além de permitir o acesso do público ao circo. “É o valor para esses artistas locais que se dão ao máximo para estarem em cena. Acredito que isso é a valorização da nossa cultura, principalmente a circense que estamos sempre mesclando com teatro, música, passando por todas a áreas”, disse o artista.
Marcos Efraim, personagem do Palhaço Feupuuudo, protagonizou uma hora de espetáculo. Interativo do início ao fim, a atração marcou o encerramento do festival. “A gente precisa dar continuidade, porque é um festival importante, chegou a muitos lugares, muita gente não tem acesso ao circo, ao próprio teatro, então, essa iniciativa da secretaria precisa continuar, a gente precisa de mais arte chegando às comunidades”, disse Efraim, que nasceu no estado do Pará, mas desde 2005 vive no Amazonas, trabalhando na multiplicação da arte do circo.