A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (Susam), instalou novos equipamentos para armazenagem de bolsas de sangue na unidade na primeira quinzena deste mês. Com a chegada de dois freezers científicos, a Fundação triplicou a capacidade do Banco de Sangue da unidade em 2020, garantindo maior segurança aos hemocomponentes oferecidos aos pacientes.
Por dia, a FCecon disponibiliza 30 bolsas de sangue aos pacientes. Aqueles que passam por cirurgia, que estão em atendimento no serviço de urgência, internados nas enfermarias ou em tratamento quimioterápico são os que mais utilizam as bolsas de sangue, com destaque para os concentrados de hemácias. A indicação principal é para se melhorar a oxigenação dos tecidos do organismo.
A FCecon ainda armazena e fornece aos pacientes crioprecipitado (crio) e concentrado de plasma, outros dois hemocomponentes dispensados com base na recomendação médica.
Controle e qualidade – Os dois novos freezers científicos são modernos e têm capacidade para armazenar simultaneamente 400 bolsas de sangue. Os equipamentos tiveram o investimento de R$ 32 mil e têm um ano de garantia da fabricante, assegurando a manutenção dos aparelhos havendo necessidade.
A cadeia de freezers da FCecon tinha mais de 20 anos de uso, e a capacidade de manter os hemocomponentes armazenados corretamente dependia muito da mão de obra humana, com a checagem manual da temperatura.
“A cadeia de frios, que garante o armazenamento correto dos hemocomponentes que são utilizados pela Fundação Cecon, hoje é moderna e com mais qualidade. Isso foi uma luta de muitos anos. Felizmente, de um ano para cá nós conseguimos receber esses equipamentos”, afirma o gerente de Hemoterapia, farmacêutico-bioquímico Kleber Brasil.
Os novos equipamentos são dotados de tecnologia de monitoramento que registra todo o histórico do aparelho, desde a instalação até mudanças de temperatura ou picos de energia, se houver. Os freezers também possuem alarme, que disparam caso haja uma variação grande na temperatura.
“Monitorando melhor a temperatura, com um equipamento melhor, eu tenho mais qualidade no hemocomponente. Em hemoterapia, costuma-se dizer que há um tripé, formado por técnicos treinados, reagentes de qualidade para a realização de testes, e equipamentos de qualidade e em quantidade suficiente para o armazenamento adequado desses hemocomponentes”, disse o gerente, destacando que o hospital hoje tem equipamentos modernos, reagentes de qualidade e técnicos treinados.
Setor reforçado – Com a compra dos freezers científicos, a FCecon aumentou de dois para seis o número de equipamentos de armazenagem de bolsas de sangue na unidade hospitalar nos últimos meses, num crescimento de 200% na aparelhagem do setor.
Segundo o subgerente de manutenção de equipamentos da FCecon, Ícaro Augusto Falcão, no final de 2019 chegaram à Fundação duas câmaras refrigeradoras, com investimento de R$ 16 mil. “Com a chegada dos equipamentos desde o final do ano passado, o Banco de Sangue da FCecon triplicou os aparelhos no setor, aumentando a capacidade para armazenamento de produtos muito importantes aos pacientes”, afirma.
Segurança – A modernização do Banco de Sangue da FCecon atende a normas do Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regula os serviços de hemoterapia, garantindo maior segurança aos hemocomponentes utilizados na unidade hospitalar.
FOTOS: Laís Pompeu/FCecon