Advogados, população e agora até policiais do município de Santa Isabel do Rio Negro, na calha do Alto Rio Negro, estão reclamando (e também) denunciando atos da juíza da comarca da cidade, Renata Tavares Afonso fonseca
Cansado de levar a culpa por um problema que não é da Polícia, o delegado Aldiney de Brito Nogueira, titular da 76º DIP de Santa Isabel, publicou uma nota de esclarecimento a população isabelense, onde afirma que o documento é para tirar dúvidas e esclarecer as indagações da população sobre a rápida de liberação de presos recém-flagranteados. O delegado procura explicar ainda as atribuições e competências dentro do sistema criminal. Isso porque ele considera injusto que a população ache que a Polícia é quem está liberando criminosos o que não é verdade, quem está liberando é a justiça.
Para exemplificar a situação, o delegado cita alguns episódios como o de um comerciante preso em flagrante com droga e dinheiro do tráfico e de um homem acusado de violência doméstica contra a companheira, porém, surpreendentemente, a juíza simplesmente, em decisão relâmpago, mandou soltar os dois.
O delegado cita outros pedidos feitos de prisões contra traficantes, ladrões, acusados de lesões corporais, importunação sexual que estão sendo sistematicamente negados ou aguardando decisão do judiciário.
A nota cita que em 2019 foram realizadas seis prisões por tráfico de drogas, apreendido 30 kg de droga, e realizadas 30 prisões por tráfico nos últimos cinco anos. Ainda em 2019, foram 25 prisões neste ano por crimes mais diversos.
Outra situação grave relatada pelo delegado é que nos últimos seis anos, a Polícia Civil encaminhou 400 inquéritos ao Poder Judiciário, porém, até agora não existe um preso sequer cumprindo condenação.
Policiais e advogados afirmam que a Polícia é mais cobrada porque o acusado é preso, levado para a delegacia e menos de 24 ou 48 horas é liberado. Isto porque a população não sabe realmente como funciona o sistema criminal.
Um advogado cita que a população está revoltada porque a violência só aumenta na cidade e esperam que a criminalidade diminua na cidade, o que não acontece, pelo contrário, só aumenta.
A forma como está sendo conduzido o judiciário na comarca de Santa Isabel do Rio Negro é revoltante. “A criminalidade está aumentando e a população está sentindo na pele”, afirma um morador de Santa Isabel.
Moradores, advogados, e policiais irão procurar a Corregedoria do Tribunal de Justiça (TJAM), em Manaus, para denunciar a situação naquela comarca.
Entramos em contato com o fórum da comarca de Santa Isabel para ter um posicionamento da juíza Renata Tavares.
SEGUE EM ANEXO, A NOTA DE ESCLARECIMENTO: CLIQUE AQUI PARA BAIXAR.