A equipe de investigação da 35ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) do Careiro da Várzea (distante 25 quilômetros em linha reta da capital) deflagrou, nesta terça-feira (1º/09), por volta das 10h, a operação ‘Infância Manchada’, que resultou na prisão de Rayanne Veiga de Lima, 26, pelo crime de prostituição infantil, contra, pelo menos, duas adolescentes. A ação policial ocorreu na rua Praça da Liberdade, bairro Centro, naquele município.
De acordo com o delegado David Jordão, titular da DIP, as investigações iniciaram há aproximadamente três meses, quando a delegacia recebeu denúncias de duas adolescentes que estariam sendo vítimas de prostituição infantil, aliciadas por Rayanne.
O delegado explica que a mulher se aproximava das vítimas oferecendo emprego de babá para seus filhos, e após aceitar o serviço, a mesma oferecia às adolescentes a prostituição infantil. No depoimento de uma das vítimas, a adolescente explica que a Rayanne chegou a aprisioná-la com um cliente, em sua residência, para que ocorresse o estupro.
Em depoimento, a segunda vítima contou que teria sido embriagada para depois manter relações sexuais. “No momento da prisão, a suspeita reagiu e recebeu a equipe de investigação com uma faca nas mãos. Porém, a situação foi controlada e a investigada foi levada às dependências da delegacia para os procedimentos cabíveis”, afirmou Jordão.
O mandado de prisão temporária foi expedido em 31 de agosto deste ano, pela juíza Fabíola de Souza Bastos Silva, da Comarca de Careiro da Várzea.
Procedimentos – A mulher foi encaminhada à delegacia e presa pelos crimes de prostituição infantil e participação em crime de estupro de vulnerável. Ela recebeu o benefício de prisão domiciliar pelo prazo de 30 dias, por ter dois filhos menores de idade.
Denúncia – O delegado David Jordão solicita que a população denuncie outras possíveis vítimas de Rayanne Veiga de Lima, por prostituição infantil, pelo número 181, disque-denúncia da SSP, ou pelo Disque 100, serviço de denúncias e de proteção contra violações dos direitos humanos. As investigações sobre o caso continuam para identificar os possíveis clientes.
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