Morreu aos 76 anos, na noite desta segunda-feira, um dos maiores ídolos da história do Rio Negro, Clóvis do Amaral, mais conhecido como “Clóvis Aranha Negra”. O ex-goleiro foi vítima da Covid-19 e estava internado no Hospital Delphina Aziz, na Zona Norte de Manaus, que é referência no tratamento à doença.
O ex-jogador do Rio Negro estava hospitalizado há alguns dias e chegou a fazer procedimento de hemodiálise. Nas redes sociais, o clube lamentou a morte. Confira abaixo
Infelizmente, temos que noticiar…
Nosso eterno Clóvis, descansou.
Um dos maiores nomes da história do futebol rionegrino, campeão amazonense, campeão da Taça da Guiana, vencedor de inúmeros clássicos, hoje recolhe sua camisa negra, sua toalha vermelha e vai defender as metas do céu, ao lado de outros grandes craques.
Clóvis estava internado, com grave quadro de Covid-19, entre melhoras e pioras, infelizmente não conseguiu vencer o vírus.
Sua história está marcada, o mais icônico atleta se vai.
Obrigado por tudo, Aranha Negra. Você é uma lenda e por aqui seu nome estará sempre marcado.
Descanse em paz.
Clóvis Aranha Negra iniciou sua carreira no Galo no ano de 1963 e se transformou em um dos principais ídolos do clube. Clóvis Amaral Machado, nascido em Parintins (a 369km de Manaus), ganhou a alcunha de Aranha Negra por suas defesas e em referência ao goleiro soviético Lev Ivanovich Yashin, que também se vestia todo de preto.
Apesar de começar como zagueiro, Clóvis se consagrou como um dos maiores arqueiros do futebol baré. Foram dez anos (de 1963 a 1970, além de 1973 e 1982) à frente da meta alvinegra, intercalados por uma passagem de dois anos pela Rodoviária.
Mas, além das defesas milagrosas, Clóvis, que disputou 119 jogos com a camisa do Rio Negro, também tem uma outra história que fez dele um dos maiores personagens do clássico “Rio-Nal”. Tudo começou com uma toalha vermelha.
– Tudo começou por acaso. Naquele tempo os goleiros não usavam luvas. Num clássico Rio-Nal, o gramado do campo do Parque Amazonense estava escorregadio e eu precisava enxugar as mãos. O técnico Osvaldinho (ex-jogador do América do Rio, e que atuou também em Portugal), deu-me uma toalha vermelha e eu só sei que nesse dia não tomei nenhum gol. Depois, em todos os jogos contra o Nacional, eu levava a minha toalhinha vermelha que sempre me deu muita sorte – contou Cóvis entrevista ao ge, em 2013.
FONTE:GLOBO ESPORTE