O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) instaurou procedimentos para apurar o leilão do Rio Negro Clube e venda do Nacional Fast Clube e do Ideal Clube. Segundo o órgão, os três imóveis tradicionais estão ligados à história de Manaus e os novos proprietários terão que preservar os espaços como estão.
Os inquéritos foram instaurados por meio da 47ª Promotoria de Justiça de Fundações e Massas Falidas. A titular da 47ª PJ, promotora de Justiça Kátia Oliveira, contou que tomou conhecimento do leilão do Rio Negro pela imprensa. A sede do clube, localizada em frente à Praça da Saudade, na avenida Epaminondas, Centro de Manaus, será leiloada no dia 30 de novembro de 2020, por decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11).
A promotoria instaurou Inquérito Civil para apurar a regularidade da situação. Segundo o MPAM, a ação pode “culminar, caso seja considerado necessário, em ação judicial visando corrigir irregularidades ou anular o leilão como um todo”.
Também foi aberto um Inquérito Civil para apurar a legalidade da venda da antiga sede do Nacional Fast Clube, localizada no Boulevard Amazonas. Conforme informações do MP, o espaço foi vendido a uma igreja. De acordo com a promotora Kátia Oliveira, a diretoria do clube informou que o dinheiro da venda do prédio serviu para a compra de uma nova sede, localizada em outro endereço.
O Ministério Público do Estado também vai investigar a destinação do prédio do Ideal Clube, localizado na avenida Eduardo Ribeiro, Centro. “Todas essas sedes são patrimônio histórico tombado, portanto aquele que quiser comprar não vai poder fazer nada no local, pois tem que preservar o patrimônio dessa cidade. Está na hora de nós apurarmos e entendermos o que está acontecendo com o futebol amazonense e o por que dessa pressão para os clubes venderem suas sedes”, destacou a promotora.
FONTE: MARCOS SANTOS