O retorno do campeão ao primeiro lugar deve ser comemorado com resalvas. Além dos três pontos, valeu pela manutenção da invencibilidade em casa (desde abril de 2017 não perde em jogos da Premier League) e pela dupla Shaqiri e Diogo Jota, que entraram a partir dos 25 minutos do segundo tempo e transformaram uma partida dura em vitória.
Até então, Jürgen Klopp não conseguia dar solução para superar o ferrolho do West Ham, que trancou a defesa, deu a bola para o Liverpool cuidar e buscou apenas jogar nos erros cometidos pelos donos da casa.
Faltou velocidade, faltou criação, faltou boas finalizações aos donos da casa. Mas a dupla citada acima deu vida e fôlego para os Reds. Antes mesmo da virada, Jota já havia marcado (veja mais abaixo), tento anulado por falta de Mané em Ogbonna.
Pode não ter sido a atuação dos sonhos, mas a vitória veio. Pior para o West Ham, que tem oito pontos e está na 13ª colocação. Pode cair mais posições ainda e novamente vai fazer uma temporada lutando contra o rebaixamento.
Ao melhor estilo “a bola é sua, então jogue”, o West Ham abriu mão de ter a posse da redonda, optando por marcar os talentosos jogadores do Liverpool de forma bastante dura e explorar erros defensivos dos donos da casa.
Não é uma estratégia muito bela, mas foi eficiente por pelo menos 30 minutos. O time visitante abriu o placar com Fornals, aos 10, em um erro defensivo de Joe Gomez. Ao afastar um cruzamento de cabeça, ele deu a bola nos pés do camisa 18, que marcou.
Depois, o que se viu foi o Liverpool (dono de 75% de posse de bola) agredir o rival, mas finalizar mal. Quem evitou a derrota nos 45 iniciais foi o zagueiro Masuaku, que cometeu pênalti “bobo” em Salah. O egípcio cobrou no meio do gol e empatou, aos 41.
Muitos esperavam uma reação digna do atual campeão da Premier League, mas o Liverpool não progrediu segundo tempo. A “única” melhora foi ser mais objetivo nas jogadas ofensivas, que foram poucas. E os riscos defensivos aumentaram.
Não fosse a falta de força de Fornals, o West Ham teria feito o segundo gol, aos 5 da etapa final.
Prova disso é que o goleiro Fabianski transformou-se em um espectado de luxo do confronto.
A partida melhorou um pouco para o Liverpool com a entrada de Diogo Jota na vaga de Roberto Firmino e de Shaqiri no lugar de Jones, ambas aos 25 da etapa final.
Jota até conseguiu marcar o que poderia ser o gol da vitória sete minutos depois de entrar, mas o tento foi anulado pelo VAR por falta de Mané em Ogbonna na jogada. De nada adiantou a reclamação de Klopp.
Mas os Reds não desanimaram, continuaram crescendo e o gol da virada saiu aos 39 minutos. Após uma blitz ofensiva, Shaqiri deu um passe mágico para Jota, que recebeu dentro da área e finalizou com qualidade.
FONTE: ESPN BRASIL