O líder do segundo turno da corrida pela Prefeitura de Manaus, David Almeida (Avante), afirmou na manhã desta segunda-feira (23), durante entrevista à Rádio Tiradentes, que a turma que apoia Amazonino Mendes (Podemos) “é formada por gângsteres “ e que seu adversário o ataca porque ele não aceitou, por três vezes, ser seu vice.
David Almeida também fez questão de ressaltar que o grupo político de Amazonino Mendes está desesperado, porque, segundo ele, o povo finalmente ‘acordou’ e não aceita mais mentiras e por essa razão estão intensificando a onda de fake news contra ele.
“Não tenho o apoio de nenhuma das máquinas e quero ressaltar que sou umbilicalmente contra esses políticos, particularmente o Amazonino Mendes, porque ele já teve as maiores oportunidades para resolver os problemas da cidade, mas não o fez”, argumentou.
Para justificar a classificação de “gângster”, que é usada geralmente para definir um membro de uma quadrilha, gangue ou organização criminosa, David revelou que na noite anterior a convenção partidária recebeu uma ligação telefônica, durante a qual tentaram emplacar o vice de Amazonino – Wilker Barreto – na sua chapa e tirar Mendes do processo.
O episódio citado por David Almeida fez lembrar o caso de José Melo, que foi dormir certo de que seria o vice de Amazonino, mas na manhã da convenção, diante da família, acabou sendo surpreendido pela rasteira do seu mentor político, que achou melhor substituí-lo por Omar Aziz.
“São pessoas sem escrúpulos, que atacam a honra de quem quer que se atravesse nos seus caminhos, que se oponham aos seus métodos sujos de agir”, disse ele, lembrando que sido vítima de ataques constantes, de fake news usadas pelo grupo do seu adversário, para tentar confundir o eleitor.
Contra todos – Durante a entrevista David lembrou, ainda, que desde 2017 vem lutando contra todos os caciques e fez questão de destacar que não tem o apoio das máquinas públicas nessas eleições porque não quis.
Ao falar sobre o quadro registrado neste segundo turno, David destacou que “vê o futuro repetir o passado” e lembrou que nas eleições de 2018 Amazonino teve 22% dos votos em Manaus e ele 21%. Agora, novamente a história se repete no primeiro turno da corrida pela Prefeitura de Manaus, com Amazonino conseguindo 23% e ele 22%.
“A população já disse não aos caciques em 2018 e agora novamente. A população está cansada de promessas não cumpridas, da falta de saúde, de transporte coletivo decente, de segurança, de educação e de ser enganada por esses caciques”, disse ele.