A Prefeitura de Manaus disponibiliza, nos 22 pontos preferenciais para atendimento a casos suspeitos de síndromes gripais e Covid-19, dois tipos de exames para detecção do novo coronavírus no organismo: o teste rápido e o RT-PCR (sigla inglesa de Reverse-Transcriptase Polymerase Chain Reaction), este último considerado “padrão ouro” para o diagnóstico da doença. O acesso aos exames nas unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) só é possível após a avaliação do paciente feita durante a consulta com um médico.
“É necessário que os nossos usuários entendam que só quem pode indicar a necessidade do exame é o médico, que vai considerar, durante a consulta, as condições clínicas do paciente, de acordo com os sintomas e o tempo de manifestação deles. Existe um fluxo que indica o tipo de exame mais apropriado para cada caso. Se esses prazos não forem observados, o risco de resultados falsos é muito grande e isso pode aumentar o risco de agravamento do quadro, que é o que queremos evitar”, alerta a secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe.
Ela destaca, ainda, que todos os exames de Covid-19 realizados pela Semsa são inseridos no sistema oficial do Ministério da Saúde, o e-SUS VE, ferramenta de registro de notificação de casos suspeitos da doença. “Temos um controle rigoroso do uso dos insumos e seguimos os protocolos do ministério. Quem tem a indicação para um dos exames, faz a coleta nas unidades mesmo”, explica Shádia.
Ao todo, a Semsa tem 17 Unidades Básicas de Saúde (UBS), uma clínica da família e três UBSs Móveis fazendo o atendimento exclusivo a pacientes com sintomas de Covid-19 ou de síndromes gripais. A indicação, pelos médicos, para a realização de exame, segue um fluxo que considera o tempo dos sintomas: do terceiro ao sétimo dia, é feita a coleta de material para o RT-PCR, que é encaminhado para análise no Laboratório Central do Amazonas (Lacen-AM) e a partir do oitavo dia, o teste rápido, que se for positivo, é prescrito o tratamento e entregue a medicação, e em caso de negativo, o paciente recebe as orientações para que mantenha os cuidados preventivos com uso de máscara, álcool em gel a 70%, distanciamento social, entre outras medidas de proteção.
“Independentemente de resultado, todos nós precisamos estar alertas e não descuidar, seguindo sempre as orientações sanitárias para evitar a propagação desse vírus”, sugere a secretária, orientando que os usuários procurem as unidades de saúde aos primeiros sintomas que podem ser febre, dor de cabeça, dor no corpo, mal-estar, calafrio, tosse, congestão nasal, diarreia, dor abdominal, falta de ar e perda do olfato e do paladar.
O período de incubação do vírus é de até 14 dias após a exposição, sendo o período médio de incubação de 5 a 6 dias.
“Reforçamos a importância do tratamento precoce para evitar que o quadro clínico se agrave. Não é necessário confirmar o diagnóstico por testes para iniciar o tratamento. Se, clinicamente, o paciente apresentar sintomas que sugiram Covid-19, já recebe tratamento e seu quadro de saúde será monitorado por pessoal capacitado para isso”, assegura a secretária Shádia.
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Texto – Sandra Monteiro/Semsa