“Sabe o que você é ficar importante? Falta oxigênio na rede, no Getúlio Vargas. As balas estão se acabando e os pacientes morrendo. Está muito difícil. Como é complicado. Eu não queria estar vivenciando isso. (Choro) As pessoas morrendo sem ar”.
O desabafo dramático é de um profissional da área de saúde que pediu para não ser identificada, para evitar possível represália, recebido na manha desta sexta-feira, 15, pelo portal.
Segundo ainda o relato da profissional, os companheiros do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, viam os ventiladores disparando e eles tentavam resolver, mas não conseguiam.
“Vidas iam embora (choro) a gente se sente tão incapaz. Só Deus… Só Deus!”, finaliza
ERROS PODEM TER COMPLICADO
A segunda onda da Pandemia do Covid-19 em Manaus, pode ter ocorrido de forma mais forte e avassaladora, por conta da flexibilização das atividades comerciais, principalmente a de recreação, dos governos municipal e estadual ano passado.
De uma hora para outra, o comércio geral, igrejas, bares, restaurante e flutuantes voltaram a funcionar como se a pandemia tivesse cessado.
Imagens de semana passada do centro comercial de Manaus, fervilhava de gente, a maioria delas sem máscara ou qualquer tipo de precaução.
Hoje, com a situação quase que sem controle de vítimas do Coronavírus, e o colapso do sistema de saúde do Amazonas, as ruas estão desertas e a população parece estar entendendo a gravidade da situação.
MORTES E CONTAMINADOS
O número de mortos nessa segunda onda da Pandemia, já se aproxima do auge da contaminação e mortes em março, abril e maio de 2020. O número de infectados confirmados chega ao ponto de não conseguir vagas nem nos hospitais particulares. A situação, como mostra o áudio da profissional de saúde, é realmente dramática. O governo federal que enviou o Ministro da Saúde a Manaus, divulgou que a primeira vacina pode ser disponibilizada até o próximo dia 20.