A vacinação contra a covid-19 em profissionais de saúde foi suspensa temporariamente, em Manaus. A medida é o resultado da reunião de representantes da Prefeitura de Manaus e do Governo do Estado com órgãos de controle. Estavam presentes membros do Ministério Público do Amazonas (MPAM), Ministério Público do Estado (MPE-AM), Ministério Público do Trabalho (MPT-AM), Defensoria Pública do Estado (DPE-AM) e Defensoria Pública da União (DPU-AM), Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) e Ministério Público de Contas (MPC-AM) com as secretarias de Saúde do município (Semsa) e do Estado (SES-AM).
A reunião foi motivada na falta de resposta da Semsa sobre a recomendação dos órgãos de controle, a continuidade da vacinação sem transparência bem como denúncias de que doses da vacina estavam sendo desviadas para serem aplicadas em pessoas fora do grupo prioritário.
Ou seja, foi o “Fura Fila” o motivo da suspensão da vacinação em Manaus depois da repercussão negativa que teve as postagens de duas irmãs médicas herdeiras das Faculdades Nilton Lins sendo vacinadas. Teve até o filho de um ex-deputado e um cirurgião plástico que, provavelmente não está na linha de frente, postando também a vacinação deles.
Pelo compromisso firmado, a Secretaria Estadual de Saúde apresentará, até as 13h desta quinta-feira (21), a lista dos trabalhadores de saúde que serão vacinados com prioridade, por unidade, que preste assistência a pacientes de covid-19.
Os critérios para a formulação dessas listas serão: o nível de exposição do profissional ao contato direto com os pacientes, apresentação de comorbidades e a faixa etária, com prioridade para os profissionais idosos.
A necessidade de priorizar mais ainda o grupo de pessoas a serem vacinadas vem da insuficiência da quantidade disponível da vacina o que, pelos cálculos da SEMSA, é suficiente para imunizar apenas 34% dos 56 mil profissionais de saúde das redes pública e privada.
Texto: Editado por Arnoldo Santos com informações de Andrea Arruada (SEMSA)
Foto: Ruan (Semcom)