O Senado se reuniu nesta segunda-feira (1) para eleger um novo presidente. Disputaram o cargo para os próximos dois anos os senadores: Rodrigo Pacheco e Simone Tebet. A votação começou às 17h (Horário de Brasília) e dos 81 senadores, 78 senadores votaram e 3 senadores não puderam comparecer a sessão.
Com os 57 votos de senadores, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado Federal para os anos de 2021 e 2022. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) obteve 21 votos.
O mandato de Rodrigo Pacheco à frente da Presidência do Senado Federal começa nesta segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021, e vai até 31 de janeiro de 2023. Ele não poderá concorrer à reeleição em 2023, pois a Constituição proíbe a recondução dentro da mesma legislatura. A legislatura é o período de quatro anos, cuja duração coincide com a dos mandatos dos deputados federais.
Como presidente do Senado, Pacheco é também agora quem preside o Congresso Nacional e é o terceiro brasileiro na linha sucessória do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, atrás do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, e do presidente da Câmara dos Deputados que será decidido hoje às 19h (Horário de Brasília).
Os demais membros da Mesa Diretora, também para um mandato de dois anos, serão decididos amanhã (2). A Mesa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes.
Em coletiva à imprensa em seu último dia como presidente do Senado, Davi Alcolumbre também agradeceu aos jornalistas e elogiou o trabalho da imprensa na cobertura do Congresso.
APOIO
Inicialmente, anunciaram as candidaturas Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS), Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Simone Tebet (MDB-MS).
Major Olímpio (PSL), Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) retiraram a candidatura para apoiar Simone Tebet.
SESSÃO
Em seu discurso, Simone Tebet falou, entre outros assuntos, sobre ser a primeira mulher candidata a presidência do Senado, mudanças, independência, e sobre a importância de ter uma solução ao auxílio emergencial.
Simone também prometeu uma gestão sem “barganhas políticas” no Parlamento e que funcione como “freio e contrapeso ao abuso de poder”.
A senadora defendeu a construção de um pacto político diante das dificuldades que o país enfrenta. Ela se comprometeu a comandar um trabalho coletivo e disse que o Senado não pode ser omisso. “Apelo pela união para a superação das dificuldades”, disse.
Já Rodrigo Pacheco falou sobre pacificação entre os poderes, democracia, conciliação do teto de gastos para poder encontrar uma solução para combater os impactos econômicos por conta da pandemia do coronavírus.
“A divergência e a discussão de propostas é algo muito rico. Mas quero garantir a independência do Senado da República. Asseguro com toda força do meu ser, o meu proposito é de independência aos demais poderes. Não haverá nenhum tipo de interferência externa, e a busca do consenso deverá ser a tônica”, afirmou Pacheco.
“Ajudar a governabilidade não é subserviência ao Executivo, mas garantir que projetos do Executivo, dos senadores e de iniciativa da sociedade tenham voz e vez”, declarou.
CARGO
O cargo de presidente do Senado é privativo de brasileiros natos e acumula a função de presidente do Congresso Nacional, sendo ainda o terceiro na linha de sucessão da Presidência da República, depois do vice-presidente e do presidente da Câmara dos Deputados. Ele também integra o Conselho de Defesa Nacional e o Conselho da República. Ambos são órgãos consultivos do presidente da República.