Material doado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) ampliará diagnóstico da Covid-19
O Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) e Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), emitiu Nota Técnica com orientações para a distribuição e aplicação de testes rápidos de Covid-19 do tipo antígeno no Amazonas. O objetivo é ampliar o diagnóstico e interromper a cadeia de transmissão do novo coronavírus no estado.
Uma primeira remessa, com 62 mil testes doados pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), chegou no dia nove de fevereiro em Manaus. Uma segunda remessa, com mais 60 mil testes, já está em Brasília desde a última terça-feira (16/02) e deve chegar à capital amazonense nos próximos dias.
Dentro da primeira remessa, o documento define que 12 mil testes serão utilizados na capital (7 mil nas Unidades Básicas de Saúde – UBSs – de referência e 5 mil nas maternidades do Governo do Estado) e os outros 50 mil serão distribuídos nos 61 municípios do interior do estado.
Conforme a nota técnica, o material é de extrema importância, pois detecta uma proteína do vírus e identifica o início de uma infecção. Os antígenos também apresentam alta correlação com o período de transmissibilidade da doença, tornando-se relevantes para redução da disseminação e ações de isolamento.
A prioridade de uso dos antígenos compreenderá pacientes sintomáticos dentro do período de 10 dias desde o início dos sintomas. Profissionais de saúde que executarem a testagem deverão usar equipamentos de proteção individual para coleta de swab nasal. O resultado pode ser lido de 15 a 20 minutos depois da coleta, feita por via nasal.
A Nota Técnica explica, ainda, que o teste de detecção não substitui o RT-PCR, sendo necessária a análise do perfil clínico, sinais e sintomas. Além disso, um resultado de teste negativo não elimina a possibilidade de infecção por SARS-CoV-2 e deve ser confirmado um ensaio molecular.
Para fins de monitoramento genômico do SARS-CoV-2, o documento solicita a coleta de amostras para exame de RT-PCR em, no mínimo, 30% dos pacientes que testarem positivo.
FOTOS: Djalma Junior / Secom