MANAUS – Os policiais presos nesta terça-feira (19), entre dois capitães, estavam envovidos em um forte esquema criminoso que envolvia tráfico de drogas, sequestro e extorsão.
Mas existe um forte suspeita, também, que o grupo criminoso possivelmente tenha relação com diversos assassinatos que estejam ligados diretamente as chamadas facções criminosas.
Foram presos ontem no desdobramento da Operação Guilhortina, os capitães da Polícia Militar Stanley Oliveira de Araújo e Ângelo De Junio de Oliveira Cruz (Comandante da 8ª Cicom), e os Cabos da PM André Hertel Cury Ferreira e Rogério Lopes Rodrigues.
Estão ainda na lista o cabo Hugo Portela, o cabo Leandro Costa Gomes (foragido), o ex- PM Robson Cascaes de Souza (foragido) e ex-Jhonatan Ferreira de Melo (foragido).
As investigações feitas pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) indicam até agora que o grupo criminoso de policiais realizavam apreensões de grandes carregamentos de drogas de traficantes nos rios da Amazônia e depois revendiam as mesmas drogas para outros traficantes.
Em alguns casos, eles pediam aos mesmos traficantes grandes quantias em dinheiro pelo resgate do carregamento.
Os PMs também extorquiam pessoas com passagens pela polícia, sequestravam e exigiam resgate de familiares, além de plantarem provas contra as vítimas da extorsão.
Mas os policiais que investigam o escândalo que se tornou a descoberta do grupo criminoso acreditam existir a grande possibilidade dos mesmos policiais estarem envolvidos com as chamadas facções criminosas que são responsáveis pelo tráfico de drogas e inúmeros assassinatos na capital amazonense.
O que chegou a surpreende muita gente ontem, durante a segunda etapa da Operação Guilhotina, é que o capitão Cruz era comandante da 8º Cicom, responsável pelo policiamento do bairro da Compensa, um dos bairros campeão do ranking de crimes como tráfico de drogas e homicídios.