O FBI fez ontem buscas no apartamento de Nova Iorque de Rudy Giuliani, antigo mayor da cidade e ex-advogado pessoal de Donald Trump, no âmbito de uma investigação das suas atividades na Ucrânia.
O jornal The New York Times, que cita fontes anónimas, noticia que o mandado de busca foi emitido por procuradores federais de Manhattan e que durante as operações foram apreendidos “dispositivos eletrónicos”.
Já o advogado de Giuliani Robert Costello classificou esta operação como “banditismo legal”. “Por que razão se faria algo assim com alguém que foi procurador, mayor de Nova Iorque e advogado pessoal do 45.º presidente dos Estados Unidos?”, questionou, em declarações ao The New York Times.
As autoridades federais investigam as atividades de lóbi de Giuliani na Ucrânia, ocorridas há vários meses. Especificamente, querem saber se ele advogou em favor de funcionários e empresários ucranianos durante o governo Trump, em 2019.
Giuliani, atualmente com 76 anos, não foi ainda acusado pelas autoridades federais, que não se pronunciaram oficialmente. Mas no outono de 2019, ele foi apanhado no coração do escândalo ucraniano que abalou a presidência de Trump, como escreve a AFP.
Os seus esforços para convencer Kiev a entregar informações comprometedoras sobre Joe Biden vieram a público e ajudaram a levar Trump a um julgamento de destituição, que o presidente contornou com sucesso.
Os procuradores federais já tinham tentado, durante a administração Trump, obter um mandado de busca para investigar Giuliani, o Departamento de Justiça opôs-se. O antigo mayor de Nova Iorque é um dos maiores apoiantes de Trump e afirma que a eleição presidencial de 2020 foi fraudulenta em favor de Biden.
Dois homens que trabalharam para Giuliani na Ucrânia – Lev Parnas e Igor Fruman – também foram acusados, em Nova Iorque, no fim de 2019, de violar as leis de financiamento de campanha. Este julgamento deve começar em outubro.