A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), cumpriu, na manhã desta terça-feira (25/05), por volta das 6h, mandado de prisão preventiva em nome de um assistente administrativo, de 37 anos, pelo crime de estupro de vulnerável que teve como vítima sua própria filha. Os abusos ocorriam desde os 6 anos de idade; atualmente a menina está com 11. A prisão ocorreu no bairro Novo Aleixo, zona norte de Manaus.
Durante coletiva de imprensa, realizada na sede da Delegacia Geral, na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, zona centro-oeste da cidade, a delegada Joyce Coelho, titular da Especializada, informou que os avós paternos da criança denunciaram o crime, após a vítima relatar a uma tia os abusos que vinha sofrendo.
“A criança estava passando alguns dias na casa dos avós e, no dia de retornar para casa, ela se recusou e insistiu em ficar mais um tempo no local. Momentos depois, a menina contou para a tia que o próprio pai abusava sexualmente dela”, explicou a delegada.
A autoridade policial informou ainda que a mãe era conivente com o ato e, inclusive, chegou a presenciar um dos abusos, e pediu para que a filha não contasse a ninguém. Joyce relatou que a vítima estaria esperando o retorno às aulas para relatar a violência à sua professora, mas, devido à situação de pandemia ocasionada pela Covid-19, ficou impossibilitada de pedir ajuda.
A titular da Depca acrescentou que a vítima era a mais velha entre os seis irmãos, e que, considerando o risco para os vulneráveis, representou pela prisão preventiva do indivíduo. A ordem judicial em nome dele foi expedida em abril deste ano, pela juíza Lídia de Abreu Carvalho Frota, do Plantão Criminal.
“A criança está em guarda provisória dos avós paternos, e as outras cinco crianças também foram afastadas do autor do crime. A mãe será ouvida na Depca e se confirmada a sua conivência com o fato criminoso, ela também será indiciada”, afirmou Joyce.
Procedimentos – O homem foi encaminhado à Depca para os procedimentos cabíveis e será encaminhado à Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde ficará à disposição da Justiça.