A defesa de Alejandro Valeiko questionou, com argumentos concretos, o inquérito apresentado pela Polícia Civil sobre o “Caso Flávio”. Os advogados encontraram pontos divergentes no documento que gera dúvidas sobre a legalidade do processo.
As informações foram prestadas em coletiva a imprensa, realizada nesta quinta-feira(28), e contou com a participação dos advogados Félix Valois, Marco Aurélio Choy, Clotilde Castro e Yuri Dantas.
Um dos pontos é o sapato sujo de sangue encontrado na casa de Alejandro, o advogado Yuri Dantas questionou as provas técnicas elaboradas em torno deste destalhe. Em relação ao sapato do Alejandro, foi facilmente encontrado sujo de barro com marcas compatíveis de sangue.
“Na folha 1700 [ por aí] dos autos, o sapato do Flávio também foi encontrado sujo de barro e sem evidências de sangue. Depois, nas folhas 2700 [e alguma coisa] dos autos, esse sapato reaparece sujo de sangue com algumas violações no cardaço, algo assim. A gente tem uma divergência que pretende abordar no momento oportuno”.
Além disso, o sapato de Alejandro foi descrito com riqueza de detalhes no inquérito, onde estava e como foi encontrado, diferente do sapato de Flávio.
“O sapato do Alejandro […] estava na pia, lavandeira, tudo bonitinho e com foto. O sapato do Flávio não. Ninguém diz nada, onde esse sapato foi encontrado, de onde foi retirado, como foi achado, não tem nada descrito no laudo sobre isso”, enfatizou.
O isolamento da casa também foi abordado pela defesa. O advogado Yuri Dantas, que presenciou o depoimento da Tenente Ana Carolina, disse que a polícia ignorou o fato do sequestro relatado pelos ocupantes.
“Eles falaram que alguém tinha sido sequestrado, mas eles estavam tão [fora de si, pelo uso de drogas e álcool] que [a polícia] desprezou a informação de que alguém tinha sido levado e por isso não houve o isolamento da casa. Depois, ela [ Tenente] diz que pediu ao síndico para isolar, isso não é conduta da polícia, sobretudo quando todo mundo já tinha entrado no lugar”.
Alejandro não escondeu policial “Da Paz”
Outro questionamento é o fato da versão “diferenciada” que Alejandro apresentou à polícia sobre quem teria invadido a casa 179, no dia do crime.
Clotilde Castro, uma das advogadas de defesa, esclareceu a situação explicando que após análise dos depoimentos, é possível notar que existia uma “situação negativa” entre ambos e que isso explicaria o medo que Alejandro tinha em delatar o PM.
“O PM já tinha um estresse contra o Alejandro e isso é facilmente compreendido porque Elizeu