Também foram apreendidos fuzis e uma lancha blindada
A Polícia Civil do Amazonas, por meio do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), deflagrou na sexta-feira (25/06), a operação “Jatuarana”, que resultou na apreensão de 1,2 tonelada de entorpecentes, entre pasta base e cloridrato de cocaína e maconha. O prejuízo aos criminosos está estimado em R$ 18,5 milhões. A ação ocorreu em uma localidade conhecida como Lago do Macaco, nas proximidades do bairro Puraquequara, zona leste de Manaus. Na ocasião também foram apreendidos dois fuzis e uma lancha blindada.
A operação contou com o apoio do Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera), do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Amazonas (COE-PMAM), Força Nacional de Segurança, Delegacia Fluvial (Deflu) e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPamb).
Durante coletiva de imprensa realizada no prédio da Delegacia Geral (DG), no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus, foi apresentado o balanço da operação, e estiveram presentes a delegada-geral da PC-AM, Emília Ferraz; o delegado-geral adjunto da instituição, Tarson Yuri Soares; o diretor do DRCO, delegado Bruno Fraga; o subcoordenador do grupo Fera, investigador João Gomes; e o delegado Tiago Barreto, coordenador de operação da Polícia Judiciária da Força Nacional no Amazonas.
Na ocasião, a delegada-geral da PC-AM, Emília Ferraz, ressaltou os trabalhos de todas as equipes policiais envolvidas na ação que, mais uma vez, retiraram de circulação grande quantidade de entorpecentes no Amazonas.
“No Dia Internacional de Combate às Drogas, comemorado neste 26 de junho, apresentamos aqui esse material entorpecente que foi apreendido pela Polícia Civil. Ele possivelmente seria distribuído em Manaus e em outros estados brasileiros. Também apreendemos fuzis, e isso tem uma relevância muito grande, pois tirar de circulação esse material é garantir a segurança da nossa população. Nosso trabalho irá continuar no combate à criminalidade”, destacou Emília Ferraz.
Conforme o delegado Bruno Fraga, diretor do DRCO, as investigações em torno do caso iniciaram após um intenso trabalho investigativo ser realizado pelas equipes do Departamento, sobre a atuação de um grupo criminoso. Segundo Fraga, o trabalho de investigação conseguiu pontuar exatamente o ponto onde eles chegariam em uma região de mata fechada.
“Eles vieram da região da Tríplice Fronteira, e a lancha utilizada por eles era blindada e os criminosos possuíam a dinâmica de navegar apenas no período da noite, para dificultar o trabalho da polícia. Haviam pessoas na embarcação, todos peruanos, com armas de fogo de grosso calibre. Já tínhamos alguns relatos sobre essa lancha, que é totalmente equipada para que houvesse enfrentamento com as forças de segurança, porém isso não impediu o nosso trabalho”, ressaltou Fraga.
O diretor do DRCO informou que algumas pessoas foram detidas para prestarem esclarecimentos e as investigações irão continuar, para que todos os envolvidos no crime sejam capturados e, também, para descobrir para onde a droga seria enviada.
O subcoordenador do grupo Fera, João Gomes, que deu apoio tático à ação, contou que a operação era de alto risco, pois a região era de mata fechada. “Já estávamos há dois dias em campana, tivemos que adentrar com um procedimento tático operacional e tivemos êxito mais uma vez”, detalhou.