Nas últimas semanas, a Prefeitura de Manaus resolveu problemas de energia elétrica, transporte, internet e de água, que a escola indígena municipal Kanata T-ykua, localizada na comunidade Três Unidos, no rio Negro, zona ribeirinha da capital, sofria há mais de três anos. A unidade de ensino, coordenada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), atende 35 alunos, da educação infantil e do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, da etnia kambeba, além de não indígenas.
A escola também foi beneficiada com nova mobília, 16 ventiladores, frigobar, impressora, material didático para os alunos, material de apoio aos professores e 10 kits de cadeira para os alunos da modalidade de educação infantil.
A chefe da Divisão Distrital Zonal (DDZ) Rural, Rosa Denise Diniz Pereira, esteve na unidade na quinta-feira, 8/7, para acompanhar o trabalho de sanitização de combate ao novo coronavírus e outras doenças. Ela comemorou os benefícios que a escola ganhou em tão pouco tempo.
“Quando viemos aqui com o secretário da Semed, Pauderney Avelino e o subsecretário Antônio Carlos Guedelha, em abril, percebemos que há três anos a escola estava sem internet, sem água e sem luz, e enfrentava outros problemas. E voltar agora e ver tudo o que foi feito é motivo de felicidade. Por determinação do nosso prefeito, David Almeida, isso aconteceu de uma forma muito rápida. Nós estamos em mais de 30 escolas sendo revitalizadas, com ampliação, pintura, enfim, vamos fazer muito mais coisas pela educação”, disse.
O gestor da escola, Raimundo Cruz da Silva, da etnia kambeba, destacou a celeridade da nova administração da secretaria e disse que toda a comunidade escolar está satisfeita.
“Agradeço muito, porque a escola está funcionando com água, energia, internet, e acredito que foi bem rápida essa resposta da prefeitura, de ter enviado esse material para a escola. Isso visa atender os trabalhos pedagógicos e administrativos, e os nossos alunos se sentem felizes. Agradeço ao prefeito David, ao secretário de educação e a toda equipe da Semed. Esse benefício é para todos, tanto professores, quanto para alunos, pais e toda comunidade que faz parte da escola”, pontuou.
Waldemar da Silva, 62 anos, da etnia tikuna, é o tuxaua da comunidade indígena Três Unidos, com um total 32 famílias, tendo aproximadamente 112 pessoas, entre crianças, jovens e adultos, mais a etnia kambeba. Para ele, que comanda a comunidade há 40 anos, os benefícios da escola são também conquistas dos indígenas da área.
“Quero agradecer muito a Deus e a nova direção da Semed, ao prefeito de Manaus, que visa a necessidade do nosso povo. Nós não tivemos essa oportunidade no passado, mas hoje, no presente, quero agradecer muito isso e aos outros benefícios também. A escola recebeu os equipamentos, como ventiladores, a água está funcionando, temos uma nova lancha, ou seja, só temos a agradecer e vamos zelar por tudo isso”, comemorou.
A aluna do 4º ano, Júlia Diniz da Silva, 10 anos, da etnia kambeba, que estuda na escola há seis anos e mora na comunidade Três Unidos, celebra a chegada da internet, a energia elétrica e poço artesiano.
“Antes não tinha energia e agora tem, não tinha internet, e agora tem tudo na escola e tudo isso é muito bom. Penso agora que vai ser bom com a internet, porque vou poder estudar mais e ainda conversar com a minha família. É legal morar na comunidade, porque nesse momento todo mundo está feliz com a energia, além das outras coisas que chegaram aqui”, disse.
Serviços
Os materiais chegaram na escola na segunda quinzena de junho. Há três anos sem energia elétrica, a unidade ganhou um grupo gerador, Além disso, houve a aquisição de uma lancha escolar, uma nova impressora, mobília, construção de um poço artesiano e na semana passada foi instalado o sistema de internet para atender toda a comunidade escolar.
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Texto – Paulo Rogério / Semed
Fotos – Eliton Santos / Semed