Funcionários de uma unidade da Burger King na cidade de Lincoln, em Nebraska, nos Estados Unidos, pediram demissão em massa e divulgaram a decisão no letreiro com a logo da rede, na frente da loja.
“Todos nós nos demitimos. Desculpe a inconveniência”, informou o recado colocado pelos funcionários na placa da loja.
O caso inusitado aconteceu nesta terça-feira (13) e viralizou nas redes sociais. Funcionários da loja disseram que a decisão foi motivada pelas precárias condições de trabalho no local.
Em entrevista ao site Today, a gerente-geral da loja, Rachel Flores, contou que ela e outros seis funcionários haviam apresentado o pedido de demissão no final de junho.
A empresa, no entanto, antecipou o desligamento dela depois do protesto registrado na placa da loja. Não foi informado se os demais funcionários também foram demitidos antes de prazo do aviso prévio.
Sobrecarga e condições precárias
Na mesma entrevista, Flores contou que começou a trabalhar na lanchonete em agosto de 2020, depois de perder o antigo emprego diante da crise provocada pela pandemia do coronavírus. Ela afirmou que já havia trabalhado na rede de fast food antes, mas que foi surpreendida negativamente pelo comportamento da gerência da loja em Lincoln.
Segundo a funcionária, havia sobrecarga de trabalho porque a equipe era escalada pela metade a cada turno – trabalhavam dois ou três, quando deveriam ser entre cinco e sete funcionários.
Ela também apontou condições precárias para o trabalho, como a falta de ar condicionado na cozinha, que levou muitos funcionários a passarem mal.
“Nós pedimos demissão porque a alta administração era uma piada e não se importava comigo ou com meus funcionários”, escreveu Rachel Flores em sua página pessoal em uma rede social.
O que diz a Burger King
Por meio de nota, um porta-voz da rede Burger King disse estar “ciente da situação” e afirmou ter constatado que a referida loja não atua de acordo com os valores da marca. Ainda segundo o porta-voz da rede, o franqueado foi notificado para analisar a situação e “garantir que isso não aconteça no futuro”.
Fonte: G1