A Prefeitura de Manaus fortalece a campanha mundial Setembro Amarelo, promovendo uma extensa programação ao longo do mês na capital amazonense. Serão realizadas transmissões ao vivo, mobilizações coletivas, conteúdos orientativos nas redes sociais, teatro, exibição de filmes, palestras e outras atividades nas unidades da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Esse conjunto de ações tem o objetivo de favorecer o diálogo sobre a prevenção, identificação de riscos entre crianças, adolescentes, adultos e idosos, encaminhamentos e práticas de cuidado na prevenção ao suicídio, enfocando a valorização da vida.
A abertura da programação será nesta quarta-feira, 1º/9, com a realização de uma live com o tema “Tecendo Redes de Apoio: a importância do cuidado compartilhado”, para os profissionais de saúde do município. Na sexta-feira, 10, as sedes do Executivo municipal, no bairro Compensa, zona Oeste, e da Semsa, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul, receberão iluminação especial em apoio à campanha. Também nesse dia, os servidores de saúde da rede municipal vestirão roupas na cor amarela sinalizando seu apoio ao movimento de prevenção ao suicídio.
A titular da Semsa, Shádia Fraxe, destaca que a campanha é necessária para apoiar pessoas que passaram por perdas por conta da pandemia da Covid-19. “O prefeito David Almeida solicitou que priorizássemos as ações do Setembro Amarelo promovendo atividades que estimulem o acolhimento e a empatia e, principalmente, saibam que a rede pública de saúde oferta tratamento e acompanhamento para pessoas com sinais de depressão e outras formas de sofrimento mental”, pontua.
Caps
Os cinco Centros de Apoio Psicológico (Caps) da Semsa, espaços dedicados ao auxílio aos usuários em sofrimento mental, dentre os quais a depressão, desenvolvem atividades que contemplam panfletagem, atividades orientativas na recepção e sala de espera das unidades, além de palestras e rodas de conversa aos usuários, familiares e responsáveis.
“Nossa proposta é estimular o diálogo para a identificar sinais de risco e reforçar a valorização da vida. Este tema precisa ser mais popularizado para evitar situações de desfecho trágico”, reforça Shádia.
Tratamento
A gerente da Rede de Atenção Psicossocial da Semsa, Efhtimia Haidos, explica que o suicídio é complexo e multifatorial e que é considerado um problema de saúde pública por conta de sua ligação com transtornos mentais. A identificação precoce, seguida pelo encaminhamento ao tratamento disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é, de acordo com ela, uma estratégia importante para evitar que as pessoas abreviem sua vida.
O uso abusivo de álcool e outras drogas, vulnerabilidade financeira e social são fatores agravantes e evidenciam a importância de estimular formas de prevenção por meio de ações de educação em saúde.
“Essas ações educativas são fundamentais para que uma série de preconceitos e crenças que prejudicam a compreensão do problema, sejam desfeitos, por isso a Semsa investe na divulgação e sensibilização e este ano está trabalhando fortemente com o tema ‘Valorização da Vida’. Quanto mais informações a população souber, mais pessoas serão cuidadas e terão como superar esta condição, que tem tratamento e precisa ser encarada de forma acolhedora e sem preconceitos”, salienta Efhtimia.
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Texto – Tânia Brandão / Semsa
Foto – Márcio James / Arquivo – Semcom