O jogo entre Brasil e Argentina, neste domingo (5/9), foi interrompido por agentes da Polícia Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo a agência, quatro jogadores do time argentino não poderiam estar no Brasil por terem dado informações sanitárias falsas ao entrarem no país. A partida foi interrompida logo no início do primeiro tempo e todos os jogadores foram para o vestiário.
A Anvisa havia informado, também neste domingo sobre o caso de quatro jogadores da Argentina que ingressaram no Brasil descumprindo as regras sanitárias do país. Em virtude das informações de que supostamente os argentinos, em formulário oficial da autoridade sanitária brasileira, deram informações falsas, a Anvisa se reuniu com representantes do Ministério da Saúde e com a Coordenação de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no sábado (04/09).
Logo após a reunião com as autoridades em saúde, confirmou-se, depois da consulta dos passaportes dos quatro jogadores envolvidos, que os atletas descumpriram regra para entrada de viajantes em solo brasileiro. Segundo nota divulgada pela Anvisa, “A regra está prevista na Portaria Interministerial nº 655, de 2021, a qual determina que viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil”, informa nota.
A Anvisa também explicou que os jogadores em questão, declararam não ter passagem por nenhum dos quatro países com restrições nos últimos 14 dias. “Os viajantes chegaram ao Brasil em voo de Caracas/Venezuela com destino a Guarulhos. Porém, notícias não oficiais chegaram à Anvisa dando conta de supostas declarações falsas prestadas por tais viajantes”, explica a nota.
Informações falsas
Diante da notícia, a Anvisa notificou de imediato o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS/MS), que coordena a rede CIEVS, responsável pela investigação epidemiológica junto ao estado de São Paulo e ao município de Guarulhos, para que o caso fosse investigado e rastreado.