Em operação policial no Rio de Janeiro, o médico Antônio Cabedes Lopes, e sua esposa, Maristela Lopes da Silva, responsáveis por mais de 200 abortos ilegais em Manaus, foram presos no bairro Freguesia de Jacarepaguá, zona Oeste do Rio de Janeiro, após terem sua clínica de aborto clandestina fechada na última quinta-feira (2).
O casal foi localizado em um condomínio de classe média alta no Rio, e preso durante uma operação de policiais civis da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV); o médico e a esposa devem responder pelos crimes de aborto, crimes contra a saúde pública e relações de consumo, além de furto de energia elétrica.
Segundo dados das investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o casal cobrava em média R$ 5 mil pela interrupção da gravidez. Maristela trabalhava como ‘instrumentadora’, era responsável por atrair novos clientes e pela contabilidade da clínica clandestina.
A Polícia afirmou que o local que funcionava como ‘clínica’, não apresentava as condições mínimas de higiene, onde foram encontrados medicamentos abortivos vencidos há quatro anos (com datas 2017 e 2020), além de uma paciente de 36 anos, que havia passado pelo procedimento. A mulher foi encaminhada para atendimento em uma maternidade.
O médico era procurado pela Justiça do Amazonas, por ter realizado pelo menos 200 abortos ilegais em uma clínica clandestina em Manaus, chegou a ser preso temporariamente na operação ‘Nascituro’ em de abril de 2019, pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Mas liberado pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), que alegou não encontrar provas concretas contra Antônio Cabedes.