A polêmica que gerou revolta nas redes sociais e chegou até a mãe de Eliza Samudio, ainda continua repercutindo de forma negativa para o Porão do Alemão, localizado na zona oeste de Manaus, após um homem ter ido a uma festa de Halloween nesta segunda-feira (1º) caracterizado como ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado em 2010 pela morte da então namorada.
Mesmo depois que a casa de shows emitiu através de nota que não compactua com a atitude, que foi inclusive publicada nas redes socias oficial do Porão, comentários de clientes continuam a “assombrar” com uma série de críticas por considerarem a fantasia uma apologia ao feminicídio.
O Porão do Alemão apagou a foto de suas redes sociais e afirmou que a postagem foi feita por um estagiário de 20 anos que alegou desconhecimento do caso, que ocorreu em 2010. O funcionário foi advertido e afastado temporariamente.
Na noite desta terça-feira (02), a atual dona do Porão, Juliana Lima, justificou que o caso passou despercebido, e emocionada, lamentou não ter tido o controle da situação por estar ausente do local por motivos pessoais.
O autor da fantasia
O homem fantasiado que trata-se de um tatuador foi demitido do estúdio no qual trabalhava, chamado “El Cartel Tatuaria”. “O estúdio não compactua com qualquer forma de incitação à violência contra a mulher. Deixando bem claro que o colaborador foi demitido, não fazendo mais parte do quadro de funcionários”, traz publicação do estúdio.
Processo Judicial
A mãe da modelo Eliza Samúdio ao tomar conhecimento do acontecido, afirmou que vai processar o tatuador que compareceu a uma festa à fantasia caracterizado como o goleiro Bruno. “Isso não vai ficar assim. Vou tomar providência quanto a isso. Além da minha dor, existe a dor do meu neto, que é uma criança de 11 anos que não tem voz ainda, que não tem como defender a mãe”, afirmou em entrevista ao site UOL.
“Ele [o filho de Elisa Samúdio e do ex-goleiro do Flamengo] está em transição para a adolescência. É um momento complicado da vida dele, e as pessoas querem fazer o quê? Querem plantar raiva, ódio nele? Daqui a pouco vão fazer comparação dele com o pai. Eu tento preserver ele dessas coisas, não alimento ódio, nem mágoa do pai. Mas pra quê? Pra surgirem pessoas desse tipo e fazerem o que estão fazendo?”, acrescentou.