E destaca a importância das medidas de prevenção não farmacológicas, como forma de barrar a transmissão dos vírus respiratórios
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) atualiza, nesta sexta-feira (07/01), o cenário epidemiológico de Influenza no Estado. Foram identificados 1.203 casos de Influenza A.
Dos 1.203 casos de Influenza A, 84% (1.007) são da linhagem H3N2. O boletim epidemiológico de Influenza destaca que a maior ocorrência dos casos de Influenza A (385 casos) foi registrada entre os dias 12 e 18 de dezembro de 2021, com redução nas semanas seguintes.
O total de casos foi confirmado a partir do processamento de 11.121 amostras pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), coordenado pela FVS-RCP. As amostras foram analisadas para detecção de Influenza e de outros vírus respiratórios, pelo método RT-PCR, e são provenientes de unidades de saúde do Amazonas.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca a importância de as pessoas manterem as medidas de prevenção não farmacológicas, como forma de barrar a transmissão dos vírus respiratórios.
“O Amazonas encontra-se no período sazonal para vírus respiratórios até maio. Houve aumento de casos, internações e óbitos por Influenza A, do tipo H3N2. Por isso, é tão importante que as pessoas se previnam”, afirma.
Conforme o boletim, 55% dos casos confirmados de Influenza A ocorreram em mulheres. “Observou-se, também, maior frequência da doença em adultos com idade entre 20 e 59 anos, representando 63% dos casos. Outra faixa etária de destaque é de 10 a 19 anos, que representa 16% dos pacientes”, enfatiza Leíse Fernandes, assessora da Sala de Análise de Situação de Saúde do Amazonas, na FVS-RCP, setor responsável pela produção do boletim.
Ainda conforme o boletim epidemiológico de Influenza no Amazonas, os municípios do Estado que mais apresentaram casos de Influenza A são: Manaus (945), Tefé (112), Manicoré (23), Manacapuru (14), São Paulo de Olivença (10), Jutaí (9), Rio Preto da Eva (7), Iranduba (6), Careiro (5) e Itacoatiara (5). Além de 33 casos de pessoas de outros estados.
A maioria (63%) dos pacientes com Influenza A residem em Manaus, mas também foram registrados pacientes com a infecção de residentes no interior do Amazonas (19%) e de outros estados (3%).
Entre os meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022, foram registradas 84 internações por Influenza A, sendo 69% (58) por Influenza A (H3N2). Entre os sinais e sintomas mais frequentes dos casos graves da doença notificados estão: tosse, febre, falta de ar, desconforto respiratório, saturação de oxigênio abaixo de 95%, dor de garganta, diarreia, vômito e congestão nasal.
Também foram registrados sete óbitos por Influenza A (H3N2). Foram seis pessoas de Manaus e uma de São Gabriel da Cachoeira. Quatro dos sete óbitos ocorreram entre os dias 19 e 25 de dezembro de 2021. E 71% dos casos apresentaram, pelo menos, um fator de risco, como hipertensão e diabetes.
Referência – A FVS-RCP é responsável pela Vigilância em Saúde do Amazonas, o que inclui a notificação de variantes da Covid-19 ao Ministério da Saúde por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde do Amazonas, coordenado pela FVS-RCP (CIEVS/FVS-RCP).