Depois do vexame em Itaquera, com apenas 22 mil torcedores, com 8.000 ingressos doados, CBF diminuiu o preço dos ingressos para hoje, contra o Paraguai, no Mineirão. De R$ 300 para R$ 80
São Paulo, Brasil
Produto ruim, o preço cai.
Essa é a lei de mercado desde que o homem inventou o dinheiro, na Turquina, no século 7º antes de Cristo.
Por isso a CBF reduziu drasticamente o preço do ingresso para ver o time de Tite.
No Mineirão, quem se aventurar assistir a Brasil e Paraguai, hoje, pagará 73% menos do que os incautos que foram assistir ao jogo contra a Colômbia, em Itaquera. Por questão de senso de realidade diante do frustrante espetáculo, o ingresso mais popular caiu de absurdos R$ 300 para R$ 80.
Ainda mais sem Neymar, que ficou em Paris, voltando de contusão.
Mesmo com campanha histórica nas Eliminatórias Sul-Americanas, 14 jogos, 11 vitórias e três empates, o futebol mostrado pelo Brasil não empolga. Até preocupa quando se pensa nos confrontos contra os europeus, que não acontecem por incompetência da CBF.
O público sabe que os adversários sul-americanos são muito frágeis, e mesmo assim a equipe raras vezes consegue jogar bem. E simplesmente passou a desprezar a seleção.
O jogo contra a Colômbia, no estádio do Corinthians, chegou, artificialmente a 22 mil pessoas. Isso porque 8.000 ingressos foram doados ao pessoal da saúde. Ou seja, apenas 16 mil pessoas pagaram para ver o jogo.
Com orgulho, a CBF divulga que já foram vendidos 28 mil ingressos para a partida de hoje à noite, com preços de “Black Friday’.
Mas a imprensa mineira sabe que os 61 mil lugares do Mineirão, eterno palco dos 7 a 1 para a Alemanha, não estarão tomados. Longe disso até.
A cúpula da CBF não quer deixar uma imagem constrangedora na última partida das Eliminatórias, antes da Copa do Mundo do Catar.
Com a onipresença do “Canarinho Pistola”, na última partida em território brasileiro, preços baixos e Neymar, Salvador deverá fazer uma festa tão empolgante quanto “artificial” de despedida.
A capital nordestina foi escolhida pela empolgação, e carência, dos seus torcedores. Com os dois clubes, o Bahia e o Vitória, na Segunda Divisão, a chance será a única de um grande espetáculo em 2022.
A rejeição da população à confusa seleção de Tite chega também à dona da transmissão das Eliminatórias.
A Globo.
O lastimável 0 a 0 entre Equador e Brasil, na última quinta-feira, chegou, em média, a 14 pontos. Jogos da seleção costumavam dar audiência. Uma comparação compatível. Bolívia e Brasil, o penúltimo jogo das Eliminatórias para o Mundial de 2018, fez a Globo atingir 25 pontos.
Patrocinador algum comemora a queda de 11 pontos de audiência.
O time de Tite de 2022 não empolga.
Não estimula o público a pagar para a CBF.
Sim, o dinheiro das arrecadações da seleção fica com a entidade.
Tem de cobrar preços de Black Friday.
Ou as câmeras da Globo terão de esconder, de novo, os espaços vazios nos estádios.
E eles cada vez são maiores…
Fonte: R7
Foto: Divulgação