Pesquisador de 89 anos estava internado em um hospital na cidade de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris, capital da França
Luc Montagnier, prêmio Nobel de Medicina pela descoberta do vírus da Aids, morreu na terça-feira (8), aos 89 anos, em um hospital em Neuilly-sur-Seine, perto de Paris, capital da França. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10) pelo prefeito da cidade, Jean-Christophe Fromantin.
O francês foi premiado em 2008 pela identificação do vírus em 1983, junto com seus colegas Françoise Barré-Sinoussi e Jean-Claude Chermann.
No entanto, a imagem de Montagnier foi manchada nos últimos anos após declarações polêmicas contra vacinas e sobre o coronavírus. O francês afirmou em um podcast que o Sars-CoV-2, causador da Covid-19, foi criado em um laboratório de Wuhan, na China.
Montagnier disse que o laboratório da cidade de Wuhan se especializou nesse tipo de coronavírus desde o início dos anos 2000, e que, apesar de ser um local de alta segurança, teria deixado escapar a nova cepa do vírus.
“Esse tipo de mutação precisa de ferramentas, não acontece na natureza”, declarou o cientista.
O pesquisador não acha que os chineses tenham criado o vírus para ser uma arma biológica. “Acredito que estavam em busca de uma vacina contra o HIV e usaram um coronavírus como vetor”, explicou. As opiniões do pesquisador foram refutadas pela comunidade científica. “Tudo leva a pensar que [a Covid-19] seja uma infecção natural. Ou seja, vem do mundo animal, e o ponto de partida seria outro mamífero”, explicou o virologista francês Simon Wain Hobson em 2020. Apesar de as opiniões de Montagnier terem feito sucesso entre os antivacina e os negacionistas, grande parte dos especialistas refutou essas ideias.
Fonte: R7.COM