Itacoatiara é o município mais afetado e o pacu foi o peixe mais consumido pelos contaminados
Número de casos aumentou 68% nas últimas três semanas
A Fundação em Vigilância Sanitária do Amazonas (FVS-RCP) divulgou boletim no final desta semana, informando que o Estado já tem 37 casos da “doença da urina preta”, ou Doença de Haff. Há três semanas, o número de pacientes confirmados com a síndrome era de 22, durante os sete primeiros meses do ano. Nas últimas três semanas, 15 novos casos foram registrados, aumentando para 37, num crescimento de 68% em três semanas.
Em 2021, o Amazonas sofreu um surto de rabdomiólise. Até o dia 21 de dezembro, foram notificados 132 casos da doença.
Municípios afetados
Segundo o informe da FVS-AM, a maioria dos pacientes diagnosticados com a doença moram no município de Itacoatiara (a 268 quilômetros de Manaus), com 30 casos confirmados. Logo em seguida, aparecem pacientes de Itapiranga (2), Manaus (2), Parintins (1) e São Sebastião do Uatumã (1).
Pacu é o mais consumido
O estudo aponta que o pacu foi o peixe mais consumido entre as pessoas infectadas pela doença, sendo 21 casos. Além disso, 12 pessoas disseram que comeram tambaqui, uma informou que consumiu pirapitinga, uma comeu aracu e outra comeu curimatã.
Sintomas
As dores musculares intensas são o sintoma mais comum entre os casos confirmados neste ano, sendo apontado por 89%. Em seguida, tem a fraqueza muscular (70%), náuseas (70%), dor torácica (62%), dormência (57%), dor abdominal (46%) e Vômito (43%).
Rabdomiólise
A rabdomiólise (doença da urina preta) é uma síndrome clínico-laboratorial que decorre da lesão muscular com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea.
Ocorre normalmente em pessoas saudáveis, após a ocorrência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados, que incluem o pescado.