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Polícia Federal, caça em Manaus, golpistas que enganaram servidores públicos

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A primeira busca do dia foi em concessionária Mercedes Benz e mansão na Ponta Negra

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (14), em Manaus e outras três capitais brasileiras a Operação Fair Play, que investiga um grupo empresarial que desde 2021 está dando golpes em servidores públicos e outros investidores. A primeira busca do dia, em Manaus, começou na Mardisa Manaus, concessionária da Mercedes Benz, na avenida Djalma Batista, esquina com a Pedro Teixeira. Em seguida, foi feita nova busca em uma mansão localizada no residencial Ponta Negra, onde foram encontradas joias, relógios, armas brancas e de fogo. A PF vai conceder entrevista coletiva em instantes para novas informações.

A operação

De acordo com a Comunicação da Polícia Federal, 55 agentes estão atuando na operação com o objetivo de cumprir sete mandados de prisão temporária e 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Manaus/AM, Boa Vista/RR, Belém/PA e Natal/RN. Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas (empresas) investigadas e a apreensão de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam na posse dos suspeitos.

Agentes da PF revistam a mansão da Ponta Negra

Golpistas

Após dar início às investigações, a Polícia Federal confirmou que a empresa investigada busca atrair, em especial, servidores públicos e aposentados. Ao longo das investigações, foi possível apurar que a empresa operadora dos golpes faz parte de um grupo empresarial que atua em diversos segmentos comerciais, que envolvem desde a promoção de eventos, a fim de divulgar suas atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais na cidade de Manaus, até campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports (esportes eletrônicos) e compra e venda de automóveis.

Joias e relógios encontrados na mansão

Vida de luxo

A Polícia Federal informou que, em um período de dois anos, esse grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões (cento e cinquenta e seis milhões de reais). Os sócios e representantes, por sua vez, apresentaram “evolução patrimonial meteórica”, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo.

Fair Play

O nome da operação é uma alusão à conduta ética exigida na prática de esportes, que preza pela atuação em conformidade com as regras estabelecidas. Da mesma forma, essa operação policial tem como objetivo revelar a atuação irregular de grupo empresarial no ramo de investimentos financeiros, fornecendo aos órgãos de controle e regulação subsídios para repressão administrativa, cível e penal. Os crimes em apuração vão desde crimes contra o sistema financeiro, contra a economia popular, lavagem de dinheiro a organização criminosa, dentre outros, cujas penas máximas somadas ultrapassam 30 anos de prisão. Mais informações em instantes.

Uma das armas encontradas no imóvel

Agente da PF revista armários da mansão

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