O estado do Amazonas é rico em flora e fauna, com uma natureza única e exuberante. Além de sua biodiversidade, também é referência em desenvolvimento econômico, pois possui um polo industrial considerado um dos mais modernos e tecnológicos da América Latina. Atualmente, são mais de 500 indústrias de ponta nos segmentos eletroeletrônico, duas rodas, naval, metalúrgico e termoplástico, entre outros, que geram cerca de meio milhão de empregos diretos e indiretos.
Mas mediante a instabilidade econômica no país e pensando no futuro do estado, é necessário que surjam novas alternativas econômicas, bem como o fortalecimento de atividades que tenham forte potencial de expansão. É o caso da exploração e produção de gás natural, que se destina a diversos mercados de consumo, sendo os principais a geração de energia termelétrica e nos segmentos industriais. Além disso, uma vez produzido, o gás natural se distribui entre diversos setores de consumo, com fins energéticos e não-energéticos: utilizado como matéria-prima nas indústrias petroquímica (plásticos, tintas, fibras sintéticas e borracha), geração de energia, veicular, comércio, serviços, domicílios etc.
Quanto ao potencial desse tipo de combustível, segundo dados de 2021 da ANP, a produção de GN no estado do Amazonas corresponde a cerca de 10% da produção nacional. É a maior reserva de gás em terra no Brasil. Essa produção ocorre em duas principais províncias: Urucu, no município de Coari; e Campo de Azulão, situado entre os municípios de Itapiranga e Silves. Além da forte presença na produção estadual e nacional, outra característica do GN é que ele é menos poluente. “A emersão do uso crescente do gás mudou o jogo geopolítico em diversos países, com a inserção cada vez maior de incentivos dos estados, seja para reduzir a poluição ou para diminuir a dependência dos países produtores de petróleo, afetando diretamente o consumo industrial e térmico de geração de energia elétrica, cujas plantas industriais foram
convertidas para o uso do GN”, salienta Ricardo Nogueira, professor titular do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Amazonas.
Presença da Eneva no Amazonas
No estado do Amazonas, a presença da Eneva, empresa integrada de energia e gás natural, nos municípios de Silves e Itapiranga tem movimentado a economia e o desenvolvimento da região desde novembro de 2017, quando adquiriu o Campo de Azulão da Petrobrás.
Com o investimento de R$ 1 bi, a empresa impulsionou de forma progressiva o comércio e a contratação de mão-de-obra local, devido à realização das obras para colocar o projeto de Azulão em plena operação comercial, o que foi concretizado em novembro de 2021, após 22 anos de sua descoberta.
A partir desse contato direto da empresa com a região, os moradores locais têm sido beneficiados com a geração de emprego e renda, e com os impostos recolhidos sobre as empresas que prestam serviço em Azulão. Agora, com esses recursos, o orçamento municipal ampliou seus investimentos em saúde, educação e infraestrutura para a população.
“Hoje, por exemplo, temos médicos 24 horas no hospital e conseguimos manter a folha de pagamento em dia. E esse recurso vem da onde? Vem do ISS que é pago pelas empresas que estão atuando no Campo de Azulão. Talvez seja um dos únicos municípios do interior do Amazonas que tenha uma policlínica pública. Nós queremos mostrar que Silves pode evoluir muito e a Eneva é uma parceira que pode contribuir com isso.”, afirma Raimundo Paulino de Almeida, prefeito de Silves.
Responsabilidade socioambiental, investimentos e geração de empregos
Comprometida com a responsabilidade social e ambiental, a Eneva mobiliza seus esforços pensando no futuro e no desenvolvimento do Amazonas. A empresa prevê a expansão das reservas do Campo do Azulão, a partir da criação de gasodutos que vão passar por Silves e Itapiranga. Em números, isso significa um investimento de mais de R$ 5,8 bi, geração de até 5 mil empregos indiretos no pico das obras, R$ 73 mil ao ano de royalties, direcionados ao Estado e cidades.
Com a ampliação das operações do setor privado e políticas de desenvolvimento local e regional de GN, “percebeu-se que as redes de circulação e de distribuição do gás estão mudando na Amazônia, com novas infraestruturas de transporte a granel, como balsas e carretas, e novas infraestruturas fixas e articuladas entre a produção e uso em UTEs, como é o caso recente do projeto Azulão-Jaguatirica II, pertencente à empresa Eneva” disse o Professor Ricardo Nogueira.
Sobre o Campo de Azulão
O Campo de Azulão é a primeira área produtora de gás na Bacia do Amazonas. Foi descoberto em 1990 e declarado comercial em 2004, mas nunca havia produzido, o que mudou com a chegada da Eneva em 2017.
A unidade de tratamento de gás Azulão está localizada no município de Silves, interior do Amazonas e faz parte do projeto integrado Azulão-Jaguatirica. O Projeto Integrado Azulão-Jaguatirica permite que o gás natural de Azulão se transforme em energia para abastecer cerca de 70% do consumo de energia elétrica do estado vizinho.
Em Azulão, é realizada a produção do gás natural, liquefação, estocagem e envio das cargas do produto para o Estado de Roraima, com o objetivo de abastecer a termelétrica de Jaguatirica II.