Alunos e professores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) participam, voluntariamente, do projeto Chatbot Callcenter Saúde atendendo a população que busca orientações quanto a sinais e sintomas de Covid-19. Durante três turnos de atendimento, das 7h às 19h, 257 professores e alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem e Odontologia se revezam nos atendimentos pelo aplicativo SASi, disponível em todas as plataformas.
Funcionando desde o dia 6 de abril, o chatbot já atendeu 1 mil pessoas e foram feitos 20 mil downloads do app. O sistema agora será ampliado oferecendo acolhimento psicológico e atendimento, via callcenter, com médicos e enfermeiros. “A população anseia por informações como os sinais e sintomas que estão apresentando, quais as unidades de saúde que elas podem procurar, a gente faz toda a informação relacionada a isolamento social, isolamento domiciliar e outras informações que a gente vai informando. Nós estamos em fase de últimos ajustes da implantação do callcenter de acolhimento psicológico. E o callcenter saúde será uma outra modalidade de atendimento, também direta a população, só que esse atendimento será via telefone. Essa equipe de saúde estará pronta a levar para a população que está ansiosa por informações a respeito da doença”, informou a coordenadora do Laboratório de Tecnologia em Saúde e Educação (LABTECS) da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA) da UEA, professora Elielza Guerreiro Menezes.
O atendimento via chat complementa o monitoramento remoto feito pelo aplicativo, inicialmente voltado para as pessoas que chegavam de viagens pelo Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e pelos portos de Manaus, como destaca a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), Rosemary Costa Pinto. “A partir do momento que nós vimos que o nosso aplicativo de quarentena, de isolamento social, aplicado para os que entravam pelo aeroporto e pelos portos teve um grande impacto, surgiu um bom efeito, nós apoiamos a ideia do Governo do Estado para montar, através da UEA, da Susam e da FVS, em parceria com a DIn que é a empresa de tecnologia desenvolvedora dos softwares, montar essa estrutura. Percebemos que a adesão está sendo muito boa, as pessoas estão sendo esclarecidas e estão conseguindo entender melhor as questões relacionadas a doença e, principalmente, aos seus sintomas”, avalia Rosemary.
Além do enfrentamento à pandemia de Covid-19, o trabalho desempenhado pelos alunos dos cursos de Saúde da UEA também agrega na formação profissional. “Como esses alunos são finalistas, agrega muito na parte clínica deles, porque esse usuário que ele está atendendo, através do chatbot, é um usuário que depois, na prática, ele vai atender como usuário do Sistema Único de Saúde”, afirma a professora e coordenadora do Labtecs.
O médico e professor do curso de Medicina Jeferson Medeiros ressalta que durante os atendimentos pelo chatbot, há a presença de um professor da instituição para responder questionamentos mais complexos e situações mais graves. “O atendimento começa na inteligência artificial, onde as perguntas mais comuns da população terão uma resposta automática. Se houver mais alguma pergunta, entram os alunos que já foram treinados. Sempre há o professor de plantão junto com eles, então se não souberem responder ou se tiver alguma dúvida a gente entra junto com eles, fala com o paciente, tira todas as dúvidas e se for necessário, nós temos uma equipe de infectologistas que a gente acessa e discute”, explica o professor.
FOTOS: Rodrigo Santos / Secom