O deputado estadual Delegado Péricles afirmou, na manhã desta quinta-feira (9) que o baque na economia resultante do período atípico vivido pelo país e, particularmente, pelo Amazonas, levará poderes, entidades e sociedade civil organizada do Estado a dar prosseguimento às discussões sobre a urgente necessidade de novas matrizes que colaborem para o fortalecimento da região. “Ouso afirmar que tratativas sobre a exploração de minério no interior do Estado devem ganhar nova dimensão ainda este ano. Não podemos desconsiderar o valor agregado à nossa região que, por questões já muito debatidas, deve ter utilização considerada sob a observação, é claro, de aspectos ambientais e populacionais dessas regiões. É preciso diante da crise, repensar novas matrizes”, disse.
De acordo com o Delegado Péricles, a mina de silvinita de Autazes (107 quilômetros de Manaus) deve ser assunto prioritário, não só pela dimensão do potássio existente na região, estima-se que 1 bilhão de toneladas – mas, ainda, pelas discussões já realizadas na última década sobre a exploração consciente da localidade. “Muitas audiências públicas já foram realizadas nos últimos anos afim de envolver e discutir diretamente com a sociedade civil os danos e benefícios que a exploração da região devem trazer para o Amazonas. Não é um assunto novo e já caminhamos muito, principalmente no que diz respeito às questões ambientais. Muito ainda deve ser discutido e todo cuidado referente ao acompanhamento da execução de planos e programas de mitigação de impactos ambientais deve ser priorizado”, continuou.
Para o deputado estadual, os benefícios agregados à essa possível nova matriz econômica mostram que meios deverão ser encontrados para que ela se efetive sem que comunidades indígenas ou outras questões sejam prejudicadas. “É indiscutível nossa necessidade de novas matrizes. Nosso Estado precisa alçar voos mais altos, utilizar suas riquezas de forma ordenada e consciente, perder relações de dependências que nos deixam em difíceis situações. Autazes possui hoje mina que auxiliaria não só na redução de importação de fertilizantes pelo país (cerca de 95% deles vem de outros países) – tanto utilizada pelo nosso agronegócio -, mas seus derivados possibilitariam a produção de inúmeros outros produtos e variáveis”, ressaltou.
Péricles afirma, ainda, que o governo federal tem sinalizado positivamente para esse fim e deve colaborar diretamente por ter a ciência de que tal matriz agregará muito à economia nacional. “O vice-presidente, inclusive, já afirmou este ano que a exploração de potássio é uma de suas prioridades. A nós, cabe vigiar, acompanhar, efetivar e colher os benefícios dessa matriz, considerando todos os aspectos que podem ser favoráveis à nossa região e à nossa gente”, afirmou.