Desde o início do conflito na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, mais de 300 vidas foram perdidas e aproximadamente 600 pessoas foram feridas devido a ataques devastadores com munições cluster, uma prática amplamente condenada em nível global.
Alarmantemente, à medida que o conflito persiste, espera-se que esses números aumentem significativamente, pois agora Kiev também está utilizando esse armamento, fornecido pelos Estados Unidos. As informações são da respeitada agência Associated Press (AP).
As bombas cluster, conhecidas como bombas de fragmentação, se abrem no ar e liberam múltiplas submunições, pequenas bombas que têm o potencial de atingir uma área significativamente ampla, aumentando assim o alcance de danos e reduzindo a capacidade das pessoas de se protegerem. Essa característica, infelizmente, aumenta substancialmente o risco de atingir civis, mesmo quando o alvo é de natureza militar.
Na Ucrânia, as forças russas têm empregado extensivamente esse armamento desde o início da invasão, resultando em um triste recorde: o conflito atual superou a guerra civil na Síria, que começou em 2011, em termos de fatalidades causadas pelo uso de munições cluster. De acordo com a Cluster Munition Coalition (CMC), uma coalizão de organizações não governamentais que monitora essa questão, o ano de 2022 já é considerado o mais letal em termos de vítimas, com 1.172 pessoas afetadas, entre mortos e feridos, desde o início do registro em 2010.