Nesta terça-feira (10), lamentavelmente, Everton Gabriel da Silva, de apenas 2 anos, veio a óbito. A criança sofreu agressões que resultaram em sua morte, alegadamente perpetradas por seu “tio” Patrick Macedo Bastos, de 23 anos, que afirmou à polícia que as agressões e tortura ocorreram devido ao fato de Everton ter feito suas necessidades fisiológicas no chão da casa onde vivia. Patrick foi detido na segunda-feira (9).
Segundo a delegada Joyce Coelho, responsável pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Patrick compareceu à delegacia acompanhado de dois advogados e alegou que, ao chegar do trabalho, sua esposa informou que a criança havia feito fezes no chão da sala. Em resposta, ele afirmou que agrediu o menino com a intenção de aplicar uma “correção”. Ele também acusou a tia da criança de agredi-la.
Inicialmente, quando Patrick se apresentou à DEPCA, ele responsabilizou a tia pelas agressões e alegou que, quando chegou do trabalho em 4 de outubro, a criança já estava desacordada, e foram familiares que a levaram ao hospital.
A criança foi levada ao Hospital e Pronto Socorro Platão Araújo, no bairro Jorge Teixeira, zona leste, junto com a tia. A polícia foi acionada nessa ocasião. A mulher foi conduzida à DEPCA para prestar esclarecimentos e informou que a criança estava sob a guarda dela e de Patrick, pois a mãe da criança estava ausente. Everton estava com os tios há três meses, mas antes disso havia passado por outros familiares, nenhum dos quais se responsabilizou por cuidar dele.
No depoimento, a tia atribuiu a culpa pelo ocorrido ao seu companheiro, mas admitiu que também havia agredido a criança em outras ocasiões.
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Devido às agressões, a criança começou a apresentar febre e se recusou a se alimentar no dia seguinte, devido a ferimentos na boca. No início da noite de 5 de outubro, a criança convulsionou, e a mulher a levou ao HPS Plantão Araújo.
A polícia informou que a mãe havia abandonado a criança, mas agora apareceu e é a única presente no Hospital Joãozinho, onde recebe os boletins médicos. No entanto, a mãe também será ouvida oportunamente para ser responsabilizada.
A delegada solicitou a prisão temporária de 30 dias para a tia e o tio da criança. No entanto, o pedido foi negado pela justiça em relação à tia, por falta de fundamentos. A tia desapareceu e não pode ser encontrada em nenhum endereço.
A titular da DEPCA mencionou que o tio já tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas, associação ao crime e porte ilegal de arma. A polícia acredita que tanto a tia quanto o tio agrediram a criança, mas as investigações continuarão para determinar as responsabilidades de cada um e se outros familiares também agrediram o menino.
Everton Gabriel passou por uma neurocirurgia e estava em estado gravíssimo no Hospital e Pronto-Socorro da Criança, no bairro São José I, zona leste de Manaus, onde veio a falecer nesta terça-feira (10).
Fonte: Chefão da Notícia