Cerca de 300 pessoas se reuniram no mini campus da Ufam para visualizar o fenômeno mas condições climáticas e fumaça atrapalharam a visualização
Aproximadamente 300 pessoas se reuniram no mini campus da Faculdade Federal do Amazonas (Ufam), para vivenciar o fenômeno astronômico do Eclipse Anular do Sol, na tarde deste sábado (14). No entanto, apesar das expectativas, a fumaça atrapalhou a visualização do eclipse. “A fumaça atrapalha um pougo, porque se você olha para o sol, a visibilidade não é 100%. Mas, mesmo assim ainda é possível ver, né? Mas, por exemplo, no nosso telescópio, a gente está com filtro do telescópio que a fumaça está atrapalhando. A gente não está conseguindo ver no telescópio, mas com o nosso filtro aqui a gente consegue ver”, esclareceu o processo de física do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Ricardo Herculano.
O evento para observar o eclipse foi organizado pelos clubes de astronomia da Ufam e do Ifam. “A gente trouxe tudo para cá e abriu para o público. E providenciamos essas lentes, no caso, os filtros de soldador, e estamos distribuindo aí para o pessoal fazer as observações, porque não pode olhar a olho nu, né?”, disse Herculano.
Em família
O dentista Rodrigo Pires se programou para ir até ao mini campus com a sua família para observar o fenômeno. Ele inclusive construiu uma máscara de soldador para utilizar no momento. “Eu vi uma postagem há umas duas semanas lembrando que teria o eclipse, daí eu corri atrás primeiro da lente de soldador, que foi a própria UFAM que recomendou. Daí eu vi a máscara na loja e também pensei em comprar. Mas infelizmente a fumaça tá atrapalhando um pouco, com certeza estaria mais nítido sem ela”, lamentou Rodrigo.
Influência do clima
A coordenadora do Clube de Astronomia da Ufam (Cau/Ufam), Thais Fernanda, destacou que o clima também influencia nesse momento.
“Justamente pelos nossos filtros serem bem sensíveis e serem pra sol, no caso dos telescópios, eles acabam não conseguindo capitar essa luz. As máscaras de soldador, por elas terem um fator de 14A, ou até mais, que é o que a gente recomendou – porque na nossa cabeça ia ter um sol quente – acaba também dificultando um pouco a visibilidade. Mas, apesar de tudo, se a gente conseguir observar bem, ter um pouco mais de calma, consegue visualizar. Até porque têm horas que o céu ‘abre’, têm horas que o céu ‘fecha’”.