Acostumado a faltar ao trabalho – só neste mês foram dez faltas não justificadas -, o técnico de enfermagem concursado, Gerson Mauro, tem propagada na mídia a informação falsa de que haverá uma paralisação de enfermeiros (grupo ao qual ele não pertence), na próxima segunda-feira, 27, no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, por falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). A unidade está situada em Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus.
O hospital é uma das unidades que têm portas abertas para a admissão de pacientes com sintomas de COVID-19 e, por ser uma das maiores do EStado, tem recebido, sistematicamente, EPIs de modalidades diversas, medida que visa garantir o controle da disseminação do novo coronavírus e a segurança da equipe de saúde que lá atua.
Segundo fontes que trabalham na unidade hospitalar, gerida pelo Estado, os EPIs são entregues pessoalmente aos profissionais em ocasiões programadas. Como Gerson Mauro faltou ao trabalho dez dias este mês, sem justificativa, e outros sete com a apresentação de atestado médico, ele não compareceu para receber as máscaras N95, que garantem a proteção de quem atua no HPS.
Sobre a falta de EPIs, um vídeo gravado por uma funcionária do hospital, que entrou em contato com a reportagem, mostra que foram entregues pela CEMA (Central de Medicamentos), no dia 24 deste mês, 1,6 mil aventais cirúrgicos, sete mil máscaras de modelos variados e 100 ‘face shield’ (protetores faciais/viseiras). A profissional tomou a iniciativa por repudiar a postura do técnico, que compromete a equipe de enfermagem.
Outra informação repassada por ela é que a entrega de máscaras e demais EPIs aos setores é assinada e protocolada na unidade hospitalar, para melhor controle e uso racional dos equipamentos. Em abril, pelo menos em sete datas diferentes, ocorreu a reposição dos produtos. Dias 5, 6, 7, 8, 10, 11 e 14. Desses, apenas nos dias 11 e 14, Gerson estava no hospital. Nos demais dias, ele estava ausente amparado em atestado médico ou sem apresentar justificativa.
Além disso, um documento assinado pelo próprio técnico de enfermagem, no dia 23 de março, mostra que ele estava inserido na lista de profissionais para a solicitação de reposição de máscaras N95.