Ela sofreu violência sexual antes de ser queimada com fogo. Ela foi assassinada por asfixia
*Aviso de conteúdo sensível, por tratar temas como violência sexual e feminicídio.
O casal preso por suspeita no envolvimento na morte de Julieta Ines Hernandez Martinez, 38, foi identificado como Thiago Agles da Silva, 32, e Deliomara dos Anjos Santos, 29. Eles revelaram em depoimento que o planejado, era roubar o celular da vítima, o que não deu certo, após uma briga e ciúmes entre o casal.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na 37ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP), na madrugada do dia 23 de dezembro, o casal queria roubar o celular da vítima, que estava dormindo em uma rede, fora da residência, quando foi acordada por Thiago, que segundo depoimento, estava alcoolizado e sob efeito de drogas.
Ele puxou a vítima da rede e a ameaçou com uma faca, exigindo que Julieta entregasse seu celular. Ele levou a artista circense para dentro da casa e lá ela revelou que o aparelho estava na rede. Deliomara então pegou o celular e voltou para a cozinha onde o companheiro e a vítima estavam.
Ainda confirme o Boletim de Ocorrência, neste momento, Thiago obrigou Julieta a fazer sexo oral nele, a ameaçando com a faca o que gerou ciúmes em Deliomara, que jogou álcool em ambos e ateou fogo. Thiago foi até a pia e conseguiu apagar as chamas e com um pano, também apagou o fogo em Julieta, correndo lata fora da casa.
Sob fúria, Deliomara agarrou a artista venezuelana e a teria enforcado com uma corda até a morte, enquanto Thiago, ao ver a cena, fugiu do local, procurando atendimento médico no hospital de Presidente Figueiredo por conta das queimaduras de primeiro grau.
O B.O registrado no 37ª DIP, também revela que por volta das 3h do dia 23 de dezembro do ano passado, Deliomara, após enforcar Julieta, decidiu enterrar a vítima em uma cova rasa e cobrir o corpo com vegetação e entulhos, ocultando o corpo da venezuelana.
O casal foi preso na noite dessa sexta-feira (5), na própria casa, após os policiais civis da 37° DIP encontrarem os pertences da vítima próximo da casa de acolhimento. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
Relembre o caso
Juieta Hendández não era vista desde o dia 23 de dezembro, quando teria feito contato com amigos. A próxima para dela seria em Rorainópolis, em Roraima, mas acabou não chegando ao local, o que causou estranheza, resultando em uma campanha para realizar buscas pela artista.
Nas redes sociais, amigos da circense venezuelana, confirmaram o encontro da bicicleta que Juliete utilizava para fazer sua viagem de retorno a Venezuela, além de pedirem por Justiça.