De acordo com fontes da Polícia Militar, a pistola e um carregador com 14 projéteis foram apreendidos. A Corregedoria Interna da corporação vai investigar se o subtenente havia guardado a arma de forma correta e de que maneira o filho teve acesso ao objeto.
Um adolescente de 16 anos foi baleado na cabeça por um outro, de 14, filho de um subtenente da Polícia Militar, no bairro Cosmorama, em Mesquita, na Baixada Fluminense, na tarde desta sexta-feira (19). De acordo com testemunhas, o garoto pegou a arma do pai, uma pistola, para mostrar para o amigo.
A arma, que estava carregada, disparou e atingiu o jovem no rosto. A PM informou que o tiro foi acidental.
Num primeiro momento, o menor baleado foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Edson Passos pelo pai e por vizinhos. Mas, por conta da gravidade dos ferimentos, o adolescente atingido precisou ser transferido para o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (Hospital de Saracuruna), em Duque de Caxias, também na Baixada Fluminense.
O jovem que atirou e o pai também precisaram de atendimento médico na UPA, pois ficaram em estado de choque.
Internado no CTI após cirurgia
Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, o adolescente deu entrada na unidade de saúde às 20h59, com um tiro no crânio e com várias fraturas no rosto. Ainda de acordo com a prefeitura, ele foi encaminhado diretamente para o centro cirúrgico para procedimento.
A cirurgia ocorreu sem intercorrências, mas seu quadro é gravíssimo. Ele está entubado, no CTI, e aos cuidados da equipe multidisciplinar do Hospital de Saracuruna.
Os médicos disseram que a bala atravessou a cabeça do menor. Os especialistas farão uma nova tomografia de crânio. Os neurologistas do Hospital de Saracuruna orientaram para que o rapaz fique sedado pelas próximas 72 horas para uma contenção de danos neurológicos. Não há previsão de alta médica.
Hospital Adão Pereira Nunes.
Pistola e carregador com 14 projéteis
O g1 apurou que a pistola e um carregador com 14 projéteis foram apreendidos. A Corregedoria Interna da PM vai investigar se o subtenente havia guardado a arma de forma correta e de que maneira o filho teve acesso à arma.
A Polícia Militar disse que o caso foi registrado na 53ª DP (Mesquita) como lesão corporal. Ainda segundo a corporação, a Polícia Civil fez uma perícia na casa do subtenente.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES), que administra a UPA Edson Passos, informou que o menor que atirou e o pai receberam atendimento médico, foram atendidos e liberados.
Procurada, a Polícia Civil disse apenas que diligências estão em andamento para esclarecer todos os fatos.
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, em 2024, dois adolescentes foram baleados na Região Metropolitana do RJ.