O poraquê (nome científico: Electrophorus electricus), espécie que vive no rio Amazonas, águas escuras e profundas, além de outros rios que banham a américa do sul, é conhecido pela capacidade de geração elétrica que varia de cerca de trezentos volts a de 0,5 ampères até cerca de 860 volts a de três ampères.
O peixe elétrico, também conhecido como enguias, pode chegar a dois metros de comprimento e pesar cerca de vinte quilogramas. Um dos peixes mais fascinantes da nossa natureza também pode modificar geneticamente as larvas de pequenos peixes próximos.
Isso foi o que descobriram os pesquisadores da Universidade de Nagoya, no Japão co-liderada por Eiichi Hondo, professor de ciências bioagrícolas, e Atsuo Iida, professor assistente do departamento. A técnica leva o nome de eletropolação, um processo biofísico que cria poros temporários nas membranas celulares maiores, permitindo que DNA ou proteínas entrem nas células-alvo, que curam os poros e expressam nova informação genética. Além disso, esse processo pode ser feito de forma natural.
Como teste, foi usado larvas de peixe-zebra de laboratório numa solução de ADN com um marcador genético que codifica uma proteína verde fluorescente. Depois, introduziram uma enguia elétrica no recinto e fizeram-na descarregar eletricidade mordendo um alimentador. As células das larvas de 5% dos peixe-zebra absorveram o DNA, ficando verde e comprovando o estudo.