Na noite dessa quarta-feira,19/6, foi a vez do bairro Cachoeirinha, um dos mais tradicionais de Manaus, receber o pré-candidato Roberto Cidade (UB). Nas duas reuniões realizadas no bairro, Cidade apresentou as prioridades do seu Plano de Governo.
Na primeira reunião, realizada com conselheiros tutelares, além de apresentar seu Plano de Governo, o pré-candidato escutou propostas de atenção à criança e adolescente que podem vir a compor seu programa de gestão.
“Conheço bem o bairro da Cachoeirinha. Meu pai tinha um comércio aqui e eu já trabalhava com ele. Muita coisa mudou de lá pra cá, mas infelizmente outras questões não evoluíram quanto deveriam, e uma delas é a proteção de crianças e adolescentes. A falta de gestão nesse sentido é tanta que, dos 10 conselheiros das zonas Sul 1 e 2, nove estão caminhando conosco. Eles, assim como nós, não aguentam mais o prefeito que está aí”, afirmou.
Kirk Sahdo, conselheiro tutelar, afirmou que muitas demandas encaminhadas para as secretarias municipais da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e Educação (Semed) nunca foram atendidas, prejudicando a atenção às crianças e adolescentes.
“Temos tido muitas demandas a serem atendidas aqui na zona Sul. Faltam vagas e creches e nas escolas municipais, além de não ter professor mediador, para atender os alunos com deficiências e portadores de TEA”, falou.
Para os comunitários que se reuniram para escutar suas propostas na quadra do G.R.E.S Andanças de Ciganos, Roberto Cidade voltou a falar que Manaus precisa assumir a responsabilidade sobre a saúde básica e ofertar para a população atendimento em regime de 24 horas.
Segundo Cidade, o SUS deixa de destinar R$ 700 milhões ao ano para a capital porque a Prefeitura de Manaus nunca apresentou projeto de construção de Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
“Manaus é a 5ª capital do País em arrecadação e mesmo assim tem uma saúde básica deficitária. É a única entre as 10 maiores capitais do Brasil que não tem pronto-socorro municipal, sobrecarregando o atendimento de média e alta complexidade do Estado. Por mais complexo que seja, nós vamos assumir a responsabilidade com a saúde básica. Vamos financiar esse atendimento que vai ter começo, meio e fim com recursos do SUS”, adiantou.
O Plano de Governo do pré-candidato prevê a implementação de 12 UPAs, ao longo de quatro anos, com a oferta de consultas, exames básicos e a dispensa de medicamentos.
Morador da Avenida Borba, José Elias Souza, reclamou da dificuldade em conseguir marcar consultas médicas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). “Se não madrugar na fila, a gente não consegue ser consultado. Espero que o nosso pré-candidato chegue lá, para que a gente tenha uma saúde básica melhor, porque a de hoje está péssima”, reclamou.