A comissão avaliadora, composta por Sergio Fernando Rodrigues Zanetta e Antonio de Olival Fernandes, esteve na cidade de Coari, entre os dias 6 e 8 de novembro de 2024, para analisar o curso de Medicina a partir dos indicadores que incluem o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e da avaliação externa in loco presencial, instituída pela Lei n. 10.861/2004. Na ocasião, foram analisadas três dimensões do curso: organização didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura, sendo que cada dimensão comporta indicadores próprios, que estabelecem os critérios aos quais são atribuídos os conceitos entre 1 e 5. Além disso, foram avaliados os documentos institucionais, entre os quais o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), o Projetos Pedagógicos de Graduação (PPC) e as Diretrizes Curriculares Nacionais.
Conforme o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, o conceito cinco posiciona a Ufam entre as instituições de excelência do Brasil, aumentando a responsabilidade institucional. “O conceito máximo, nota 5, reflete o trabalho permanente articulado entre a Administração Superior, a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), a coordenação acadêmica do curso de Medicina do ISB, a Faculdade de Medicina (FM) e o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV). Para isso, foi feito um plano de ação conjunta que incluiu melhoria na infraestrutura, organização didático-pedagógica do curso, ampliação do quadro docente, além de convênios com a rede de atenção à saúde dos municípios do entorno”, detalhou o reitor.
Para o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes Neto, o curso de Medicina do ISB/Ufam, sediado em Coari, região do Médio Solimões, tem características específicas de uma graduação baseada em evidências com ênfase em medicina, saúde e comunidade; sendo desenvolvido com metodologias ativas e interdisciplinares, e foco na formação de médicos para atuação em áreas remotas, indígenas, ribeirinhas e rurais. “Todo o apoio da reitoria e o empenho dos servidores públicos lotados no ISB foi vital para que um novo curso de Medicina fosse construído com infraestrutura, corpo docente qualificado e um novo projeto pedagógico de curso. É a interiorização se consolidando com alto padrão de qualidade no ensino superior”, destacou o pró-reitor.
Avaliação in loco
Os avaliadores também se reuniram com coordenação, docentes, discentes e técnico-administrativos do curso de Medicina do ISB. De acordo com a coordenadora, professora Paula Lima, esse desempenho é um grande reconhecimento para o curso de Medicina de Coari e para toda a equipe envolvida, desde a gestão superior aos servidores terceirizados do ISB/Ufam. “Essa nota 5 no MEC representa o compromisso social do curso com a educação médica em áreas remotas e com a sociedade amazonense. Ressalta-se que esta nota é um resultado de muitas lutas coletivas dos egressos, discentes e servidores, bem como das instituições parceiras, desde a implantação do curso até o momento atual”, disse.
A docente falou ainda que o curso passou por uma reestruturação importante e significativa no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), que visou a integrar ensino, pesquisa e extensão, contemplando metodologias ativas de ensino-aprendizagem, em especial a Aprendizagem Baseada em Problemas e a Aprendizagem Baseada na Comunidade, com o fortalecimento da interdisciplinaridade no curso e as parcerias com a rede de saúde local, tornado o ensino mais integrado, prático e regionalizado para os futuros médicos.
“Além disso, destacam-se as capacitações in loco e as consultorias fornecidas pelas instituições parceiras, como Escola Multicampi de Ciências Médica (EMCM/UFRN), de Caicó; a Faculdade de Medicina (Famed/UFPA), de Altamira; e o Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRR), de Boa Vista. Elas nos ajudaram nesse processo de retomada do curso e inspiraram nosso atual currículo educacional. Para manter esse padrão de excelência, pretendemos continuar atualizando o currículo conforme as necessidades da sociedade e as novas tendências da educação médica. Ademais, investir na formação continuada dos professores, na modernização dos laboratórios, na contratação de profissionais de saúde, principalmente médicos, e continuar com o sistema de monitoramento e avaliação do curso, para identificar áreas de melhoria de forma constante para tê-lo alinhado aos mais altos critérios de qualidade. A meta da instituição é não apenas manter essa nota, mas seguir inovando e aprimorando o ensino, sempre com foco na formação de médicos competentes e comprometidos com a saúde da população amazônica”, afirmou a coordenadora.
Um dos pioneiros a contribuir para construção do curso de Medicina em Coari, o professor Luiz Fernando Passos, enfatizou sempre ter acreditado no potencial do curso para o estado do Amazonas. “Não é uma missão impossível. É, antes de tudo, a oportunidade de realizar uma experiência inédita e inovadora no ensino médico. Esse foi o pensamento que tive quando, em 2012, o MEC ofereceu à Ufam um curso de Medicina em Coari. Foram anos de luta, drama, lágrimas, mas a tenacidade venceu. A Ufam conseguiu montar um curso nota 5, com o rosto da Amazônia, adequado às suas necessidades epidemiológicas e às suas peculiaridades geográficas e culturais. A Universidade teve a capacidade de inovar e recriar paradigmas. O Brasil é tão diverso que não cabe num molde só. Criar nosso molde é a nossa missão, o que significa inclusão e dignificação da nossa terra e da nossa gente”, ressaltou o docente.
Na Ufam, quem gerencia todo o processo avaliativo é a Procuradoria Educacional Institucional (PEI), ligada à Pró-Reitoria de Graduação (Proeg). Segundo a titular da pasta, Raimunda Sabóia, essa interlocução é um ponto crucial para o bom andamento da avaliação externa in loco presencial, pois todos os comunicados oriundos do Inep/MEC passam pela PEI. “A Procuradoria comunica aos gestores da Universidade e dos cursos que são objeto da visita, faz reuniões de orientação, com base no Instrumento de Avaliação do INEP de 2017, acompanha e supervisiona cada etapa, subsidia a comissão para operacionalizar a agenda de visita, organiza e disponibiliza as informações demandadas pela comissão e acompanha os procedimentos até a conclusão dos trabalhos, o que geralmente ocorre no período de três dias”, finalizou a procuradora.
O curso de Medicina do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas (ISB/Ufam), localizado em Coari (AM), foi avaliado pelo Ministério da Educação (MEC) com conceito máximo, nota 5, passando a compor o grupo de graduações mais bem avaliadas do País. Essa é a primeira avaliação do curso feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
A comissão avaliadora, composta por Sergio Fernando Rodrigues Zanetta e Antonio de Olival Fernandes, esteve na cidade de Coari, entre os dias 6 e 8 de novembro de 2024, para analisar o curso de Medicina a partir dos indicadores que incluem o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e da avaliação externa in loco presencial, instituída pela Lei n. 10.861/2004. Na ocasião, foram analisadas três dimensões do curso: organização didático-pedagógica, corpo docente e infraestrutura, sendo que cada dimensão comporta indicadores próprios, que estabelecem os critérios aos quais são atribuídos os conceitos entre 1 e 5. Além disso, foram avaliados os documentos institucionais, entre os quais o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), o Projeto Pedagógico Institucional (PPI), o Projetos Pedagógicos de Graduação (PPC) e as Diretrizes Curriculares Nacionais.
Conforme o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, o conceito cinco posiciona a Ufam entre as instituições de excelência do Brasil, aumentando a responsabilidade institucional. “O conceito máximo, nota 5, reflete o trabalho permanente articulado entre a Administração Superior, a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (Proeg), a coordenação acadêmica do curso de Medicina do ISB, a Faculdade de Medicina (FM) e o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV). Para isso, foi feito um plano de ação conjunta que incluiu melhoria na infraestrutura, organização didático-pedagógica do curso, ampliação do quadro docente, além de convênios com a rede de atenção à saúde dos municípios do entorno”, detalhou o reitor.
Para o pró-reitor de Ensino de Graduação, professor David Lopes Neto, o curso de Medicina do ISB/Ufam, sediado em Coari, região do Médio Solimões, tem características específicas de uma graduação baseada em evidências com ênfase em medicina, saúde e comunidade; sendo desenvolvido com metodologias ativas e interdisciplinares, e foco na formação de médicos para atuação em áreas remotas, indígenas, ribeirinhas e rurais. “Todo o apoio da reitoria e o empenho dos servidores públicos lotados no ISB foi vital para que um novo curso de Medicina fosse construído com infraestrutura, corpo docente qualificado e um novo projeto pedagógico de curso. É a interiorização se consolidando com alto padrão de qualidade no ensino superior”, destacou o pró-reitor.
Avaliação in loco
Os avaliadores também se reuniram com coordenação, docentes, discentes e técnico-administrativos do curso de Medicina do ISB. De acordo com a coordenadora, professora Paula Lima, esse desempenho é um grande reconhecimento para o curso de Medicina de Coari e para toda a equipe envolvida, desde a gestão superior aos servidores terceirizados do ISB/Ufam. “Essa nota 5 no MEC representa o compromisso social do curso com a educação médica em áreas remotas e com a sociedade amazonense. Ressalta-se que esta nota é um resultado de muitas lutas coletivas dos egressos, discentes e servidores, bem como das instituições parceiras, desde a implantação do curso até o momento atual”, disse.
A docente falou ainda que o curso passou por uma reestruturação importante e significativa no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), que visou a integrar ensino, pesquisa e extensão, contemplando metodologias ativas de ensino-aprendizagem, em especial a Aprendizagem Baseada em Problemas e a Aprendizagem Baseada na Comunidade, com o fortalecimento da interdisciplinaridade no curso e as parcerias com a rede de saúde local, tornado o ensino mais integrado, prático e regionalizado para os futuros médicos.
“Além disso, destacam-se as capacitações in loco e as consultorias fornecidas pelas instituições parceiras, como Escola Multicampi de Ciências Médica (EMCM/UFRN), de Caicó; a Faculdade de Medicina (Famed/UFPA), de Altamira; e o Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRR), de Boa Vista. Elas nos ajudaram nesse processo de retomada do curso e inspiraram nosso atual currículo educacional. Para manter esse padrão de excelência, pretendemos continuar atualizando o currículo conforme as necessidades da sociedade e as novas tendências da educação médica. Ademais, investir na formação continuada dos professores, na modernização dos laboratórios, na contratação de profissionais de saúde, principalmente médicos, e continuar com o sistema de monitoramento e avaliação do curso, para identificar áreas de melhoria de forma constante para tê-lo alinhado aos mais altos critérios de qualidade. A meta da instituição é não apenas manter essa nota, mas seguir inovando e aprimorando o ensino, sempre com foco na formação de médicos competentes e comprometidos com a saúde da população amazônica”, afirmou a coordenadora.
Um dos pioneiros a contribuir para construção do curso de Medicina em Coari, o professor Luiz Fernando Passos, enfatizou sempre ter acreditado no potencial do curso para o estado do Amazonas. “Não é uma missão impossível. É, antes de tudo, a oportunidade de realizar uma experiência inédita e inovadora no ensino médico. Esse foi o pensamento que tive quando, em 2012, o MEC ofereceu à Ufam um curso de Medicina em Coari. Foram anos de luta, drama, lágrimas, mas a tenacidade venceu. A Ufam conseguiu montar um curso nota 5, com o rosto da Amazônia, adequado às suas necessidades epidemiológicas e às suas peculiaridades geográficas e culturais. A Universidade teve a capacidade de inovar e recriar paradigmas. O Brasil é tão diverso que não cabe num molde só. Criar nosso molde é a nossa missão, o que significa inclusão e dignificação da nossa terra e da nossa gente”, ressaltou o docente.
Na Ufam, quem gerencia todo o processo avaliativo é a Procuradoria Educacional Institucional (PEI), ligada à Pró-Reitoria de Graduação (Proeg). Segundo a titular da pasta, Raimunda Sabóia, essa interlocução é um ponto crucial para o bom andamento da avaliação externa in loco presencial, pois todos os comunicados oriundos do Inep/MEC passam pela PEI. “A Procuradoria comunica aos gestores da Universidade e dos cursos que são objeto da visita, faz reuniões de orientação, com base no Instrumento de Avaliação do INEP de 2017, acompanha e supervisiona cada etapa, subsidia a comissão para operacionalizar a agenda de visita, organiza e disponibiliza as informações demandadas pela comissão e acompanha os procedimentos até a conclusão dos trabalhos, o que geralmente ocorre no período de três dias”, finalizou a procuradora.