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A Prefeitura de Manaus, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), entrou com um recurso contra a decisão judicial que suspendeu o reajuste da tarifa de ônibus na capital amazonense. A medida, que elevaria o preço da passagem de R$ 4,50 para R$ 5,00, foi barrada pela Justiça um dia antes de entrar em vigor.
A suspensão foi determinada pela juíza Etelvina Lobo Braga, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Manaus, atendendo a uma ação do Ministério Público do Amazonas (MPAM). O órgão questionou a ausência de estudos técnicos que justificassem a necessidade do aumento e ressaltou que a população não foi devidamente informada sobre os critérios utilizados na definição do novo valor.
A decisão judicial reforçou a importância do transporte público como um serviço essencial, destacando os desafios enfrentados por usuários de baixa renda. Para muitos passageiros, o reajuste representaria um impacto significativo no orçamento mensal, especialmente em um contexto de dificuldades econômicas. Entidades que defendem os direitos dos consumidores também manifestaram preocupação com a medida e cobraram maior clareza na gestão do sistema de transporte coletivo.
Por outro lado, a Prefeitura de Manaus defende que o aumento é necessário para garantir a qualidade do serviço e a manutenção da frota, argumentando que os custos operacionais subiram consideravelmente nos últimos meses. Em nota, a PGM afirmou que a revisão da tarifa segue critérios técnicos e que o recurso apresentado tem o objetivo de assegurar o equilíbrio financeiro do sistema.
O impasse judicial mobilizou a opinião pública, gerando manifestações contrárias ao reajuste nas redes sociais e discussões sobre a eficiência do transporte coletivo na cidade. Enquanto a decisão final não é tomada, os usuários seguem pagando o valor atual da passagem, aguardando novos desdobramentos sobre o caso.