
Neste domingo (6), a Avenida Paulista será palco de uma nova manifestação em prol da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Com início previsto para as 14h, o evento é uma iniciativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, incluindo o pastor Silas Malafaia, após a mobilização em Copacabana, que ficou aquém das expectativas.
A questão da anistia é uma prioridade para a oposição, mas o projeto de lei correspondente se encontra estagnado na Câmara dos Deputados. A pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que coloque a proposta em votação tem sido intensa, mas ainda não há sinais de que ele esteja disposto a agir, dado o forte descontentamento que o tema provoca em diversos setores do Congresso.
O ato na Paulista deverá contar com a presença de governadores, como Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, além de um número significativo de parlamentares. Apesar da esperança de mobilização, a manifestação anterior em Copacabana, realizada em 16 de março, não teve o impacto desejado, com apenas 18,3 mil participantes, segundo cálculos de um laboratório da USP.
Malafaia também expressou preocupação sobre a escolha do horário do ato no Rio, sugerindo que não era o mais adequado. Essa falta de coordenação pode ter contribuído para a fraca participação e, consequentemente, para a estagnação da proposta de anistia na Câmara.
Além disso, um ato contrário à anistia ocorreu em 30 de março na Avenida Paulista, liderado por Guilherme Boulos (Psol-SP), mas também não atraiu o público esperado, evidenciando um cenário de polarização e desafios para ambas as partes.