O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, “está em franca recuperação”, traz o boletim médico do hospital Sírio Libanês (SP), divulgado nesta quinta-feira, 16/7. Ele não faz mais uso de Ventilação não Invasiva (VNI) e deve iniciar nos próximos dias os exames de acompanhamento da cirurgia realizada há alguns anos para retirada de câncer na próstata.
Ansioso por retomar as atividades, o prefeito disse que segue atualizado de todas as ações da Prefeitura de Manaus e destacou que falta pouco para recuperar plenamente sua saúde e voltar à capital.
“Eu já me sinto muito bem e não vejo a hora de regressar às minhas atividades. Temos muitas obras e ações em andamento e quero acompanhar tudo de perto. Mas estou seguindo as recomendações médicas, para que eu saia daqui com minha saúde totalmente restabelecida e pronto para voltar ao trabalho por Manaus e pelo meu povo”, disse o prefeito.
Mais cedo, a primeira-dama e presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro, publicou em suas redes sociais uma foto de Virgílio e aproveitou para agradecer todas as mensagens que recebem diariamente. Ela, que também foi diagnosticada com a Covid-19, juntamente com o prefeito.
“Ele que tanto lutou para oferecer o melhor ao povo de Manaus durante o período mais crítico da pandemia, criando com apoio da iniciativa privada um hospital de campanha em quatro dias e que salvou mais de 600 vidas, se viu acometido por esse vírus terrível. Aliás, ele e eu, que pensava já ter contraído a doença e, na verdade, o teste rápido deu um falso positivo. De fato, contraí o novo coronavírus junto com o Neto. Estamos bem e imensamente gratos por tantas mensagens de apoio e por todo o carinho que recebemos”, escreveu a primeira-dama.
Entrevista
Com a melhora de seu quadro clínico, o prefeito já tem concedido algumas entrevistas à imprensa, por telefone, como para o colunista da Veja, Matheus Leitão, momento em que falou como está enfrentando a doença e também sobre a situação da pandemia no Amazonas. Por ser um defensor incondicional da Amazônia, não poupou palavras, durante a entrevista, para criticar a postura do governo federal em relação à pandemia em seu Estado. Ao lembrar que em Manaus a situação melhora gradativamente, destacou que continua preocupado com o interior do Amazonas, principalmente com os indígenas.
Ele criticou a política ambiental do governo Bolsonaro, a qual qualificou de “anticientífica e desumana”. Como consequências, apontou o descaso com a preservação das florestas e o desprestígio do país internacionalmente, que ganha força devido a essa postura do governo, que admite crimes ambientais na Amazônia.
Texto – Ulysses Marcondes