
Pescadores artesanais de Lábrea, no sul do Amazonas, denunciam terem sido vítimas de ameaças e abordagens violentas por agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio). Segundo os relatos, as ações ocorreram entre os dias 6 e 8 de maio, no Rio Purus, entre os municípios de Lábrea e Canutama.
De acordo com os pescadores, que haviam retomado suas atividades após o período do defeso, os agentes teriam feito ameaças, inclusive de apreensão dos barcos utilizados no trabalho artesanal. A situação gerou forte indignação entre os trabalhadores e suas comunidades.
Em resposta, o Ibama divulgou nota pública nesta terça-feira (14), afirmando que as acusações são “caluniosas e inverídicas”. O superintendente do órgão no Amazonas, Joel Araújo, garantiu que o Ibama não realizou nenhuma operação recente relacionada à pesca no município. “É preciso checar quais instituições estiveram na região antes de acusar o órgão”, afirmou.
O Ibama cobra apuração rigorosa dos fatos e alerta para o uso indevido de seu nome, pedindo que os responsáveis pelas ações sejam devidamente identificados.
A denúncia partiu de representantes de pescadores locais, que alegaram ter sofrido abordagens violentas durante fiscalizações, o que gerou indignação entre lideranças comunitárias. Contudo, o Ibama reafirma que não participou das ações e cobra responsabilidade na apuração das informações.
O órgão também pediu que sejam identificadas corretamente as forças envolvidas nas operações para que a responsabilidade seja devidamente atribuída, evitando o uso indevido do nome da instituição.
