O mês de agosto é destinado ao incentivo da amamentação, sendo conhecido como Agosto Dourado, e neste dia 1º é celebrado o Dia Mundial da Amamentação. De acordo com especialistas, a amamentação é importante para a imunidade dos bebês, principalmente na primeira semana de vida. Dados da Organização Panamericana da Saúde (OPAS), instituição ligada a Organização Mundial de Saúde (OMS), o aleitamento materno nos primeiros anos de vida salvaria mais de 820 mil crianças em menos de cinco anos em todo mundo.
Porém, os números das organizações mostram que cinco em cada 20 bebês (52%) na América Latina e no Caribe não são amamentados em sua primeira hora de vida, o que seria uma medida essencial para a sobrevivência desses recém-nascidos.
A coordenadora estadual de Saúde da Criança da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Rhamilly Amud, destaca o quão fundamental para a saúde da criança é o ato de amamentar. “Os estudos mostram que o colostro (leite dos primeiros dias do pós-parto) é a primeira vacina do bebê. Quando o bebê nasce, ele vai mamar o colostro, que tem todos os nutrientes que precisa como água, potássio, sódio, proteína”, explicou a coordenadora.
Para Rhamilly Amud, a mãe necessita de uma rede de apoio para a amamentação, preparação que deve ser iniciada desde os primeiros meses de gravidez, durante o acompanhamento pré-natal, realizado pela atenção básica de saúde. A especialista destaca que o suporte familiar é importante para que a mãe consiga superar os desafios da amamentação, como fissuras e dores nos seios, adaptação à criança, entre outros.
A coordenadora ressalta que, se a mãe tem dificuldade em amamentar e não possui uma rede de apoio familiar, acaba deixando a exclusividade do aleitamento. “Com essa rede de apoio ela vai se sentir fortalecida, e com isso ela consegue amamentar o seu filho, vai ficar mais feliz e vai construir uma amamentação com sucesso. Se essa mãe sente dificuldade na primeira semana, ela vai desistir”, destacou.
Histórias de sucesso – A técnica de enfermagem Leandra Castro constatou na prática que ter amamentado o primeiro filho até quase os 2 anos de idade ajudou na proteção contra doenças. “O Benício, que foi quem eu amamentei por mais tempo, demora muito a ficar doente, graças a Deus. E quando ele fica com uma gripe, alguma coisa, ele se recupera mais rápido, tanto que no primeiro ano de amamentação praticamente não ficou nenhum momento resfriado”, contou.
Leandra relata que tanto no primeiro como no segundo bebê teve fissuras nos seios, mas com a experiência conseguiu manter a calma e continuar a amamentação. Ela faz questão de expressar o quanto se sente realizada por ter podido amamentar os dois filhos. “Isso é uma coisa maravilhosa, eu amo amamentar. É o momento em que eu olho para a minha filha, ela gosta de fazer carinho no meu rosto, em mim, e isso não tem preço”, disse.
Para a servidora pública, Gilcilani Chaves, a amamentação “é tão importante e fundamental, quanto a água para alguém que está no deserto”. O aleitamento do primeiro filho durou pouco mais de três anos, até engravidar do segundo filho. Ela também não esconde a satisfação ao falar da experiência.
“Enxoval é necessário, mas estudar sobre amamentação durante a gravidez é imprescindível! Porque quando o bebê nasce, muitas dificuldades vêm junto. E se não tiver conhecimento, é mais fácil desistir”, comentou.
Gilcilani enfatiza que o bebê não precisa de nenhum complemento até os 6 meses de idade, e com relação ao segundo filho, que tem 4 meses, não há previsão para o término da amamentação.
FOTOS: Divulgação e Rodrigo Santos/Susam