Em reunião realizada nesta terça-feira (14), a deputada Alessandra Campêlo (MDB) foi escolhida presidente da Comissão Especial que irá analisar o processo de impeachment do governador Wilson Lima (PSC) e do vice-governador, Carlos Almeida (PRTB). A parlamentar foi eleita com nove votos da Casa. O deputado Dr. Gomes (PSC) foi escolhido relator da comissão por 10 votos.
De acordo com a parlamentar, o próximo passo é notificar os denunciados. A partir disso, o governador e o vice terão o prazo de até 10 dias para apresentarem uma defesa prévia. Depois, a comissão terá mais 10 dias para emitir um parecer favorável ou não pela admissibilidade do processo. Alessandra destacou que os trabalhos da comissão serão primados na técnica, transparência e isenção.
“Vamos trabalhar com serenidade, seriedade e transparência. Todas as nossas reuniões serão abertas para que a população assista as discussões e saiba o que está acontecendo. Será uma análise técnica, criteriosa e cuidadosa. Queremos mostrar a verdade para o povo amazonense”, disse.
Em até 48 horas após a publicação do parecer, o documento será incluído na Ordem do Dia e discutido em plenário. Cinco representantes de cada partido ou bloco partidário poderão falar, durante uma hora, sobre o parecer. Após a discussão e votação nominal aberta, o processo poderá ser arquivado caso rejeitado, ou recebido. O quórum para deliberação é de maioria simples.
A reunião que definiu a presidência e relatoria ocorreu após a homologação dos 17 membros da chapa única da comissão especial, composta pelos deputados Delegado Péricles (PSL), Fausto Júnior (PRTB), Felipe Souza (Patriota), Therezinha Ruiz (PSDB), João Luiz (Republicanos), Alessandra Campêlo (MDB), Dr. Gomes (PRTB), Saullo Vianna (PTB), Belarmino Lins (Progressistas), Dermilson Chagas (Podemos), Wilker Barreto (Podemos), Roberto Cidade (PV), Carlinhos Bessa 9PV), Adjuto Afonso (PDT), Sinésio Campos (PT), Joana Darc (PL) e Cabo Maciel (PL).
A parlamentar informou que o processo pode levar, ao todo, 30 dias. Ela destacou, ainda, que o momento demanda seriedade e criticou tentativas de contaminação do processo por meio de disputas políticas.
“É importante que a população saiba que em todos os parlamentos existe maioria e minoria, seja ela a favor ou contra o governo. Isso não é anormal. O que vai diferenciar é se vai haver isenção. Não podemos ser desonestos e nem trazer disputas externas para esse debate”, afirmou.