No semestre, 219 focos de calor foram notificados, com redução de 54,8%, em relação aos 484 focos registrados no mesmo período em 2020
O Amazonas reduziu em 37% o número de focos de calor no mês de junho de 2021, em relação ao mesmo período do ano passado. Com a queda, o Estado se diferencia dos dados gerais da Amazônia Legal, que registrou mais de 2,3 mil focos de calor – o maior número para o mês desde 2007. As informações são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), nesta sexta-feira (02/07).
Conforme o levantamento, o Amazonas registrou, no mês de junho, 69 focos de calor, contra 110 ocorrências registradas em junho de 2020. E no primeiro semestre, foram 219 focos de calor notificados. Na mesma faixa de tempo do ano de 2020, o estado havia registrado 484 focos – uma redução de 54,8%.
Com o índice, o Amazonas contribuiu com 2,05% no total de focos registrados para a Amazônia Legal, figurando entre os três estados que menos registraram queimadas em 2021. O ranking é atualmente liderado pelos estados do Mato Grosso (5.221 focos), Tocantins (2.009) e Maranhão (1.194 focos).
Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, a redução é fruto do trabalho de prevenção que o Governo do Amazonas vem realizando na Região Metropolitana de Manaus, na calha do Rio Negro e nas Unidades de Conservação (UC) do estado.
“O Amazonas teve uma redução significativa nos alertas relacionados às queimadas, estando inclusive na contramão no desempenho da Amazônia Legal. Nossa preocupação é com a aproximação do período seco, pois o número de queimadas tende a aumentar bastante aqui no nosso estado, especialmente no sul do Amazonas”, disse.
Ações de combate – Com o objetivo de combater as queimadas ilegais em 2021, o Governo do Amazonas, por meio da Sema, em parceria com a Defesa Civil do Amazonas e Corpo de Bombeiros, com apoio das prefeituras e secretarias municipais de meio ambiente, já realizou a formação de 107 brigadistas florestais.
Os profissionais já formados atuarão no sul do Amazonas, área que está sob maior risco de queimadas criminosas, em apoio às equipes da Operação Tamoiotatá, em andamento desde abril, para coibir crimes ambientais.
Além disso, em junho, o Amazonas firmou parceria com Banco Alemão de Desenvolvimento KfW, para investir R$11,5 milhões no combate às queimadas ilegais. O montante será usado para formação e remuneração de brigadistas, e para contratação de um serviço de monitoramento por drone, em tempo real, do desmatamento no sul do Estado, a fim de aprimorar o monitoramento ambiental remoto, para planejamento e execução das ações de inteligência e fiscalização ambiental.
FOTOS: Divulgação/Sema