SÃO PAULO (Reuters) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou neste domingo que nas últimas 24 horas recebeu ameaças de violência cada vez maiores e que por isso enviou pedidos de proteção de seus membros para a Procuradoria Geral da República (PGR).
A agência aprovou na quinta-feira indicação de vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, o que foi rechaçado por Jair Bolsonaro, que cobrou a publicação dos nomes dos membros da agência e motivou uma resposta da Anvisa no dia seguinte defendendo a decisão.
“Os diretores e os servidores da Anvisa que participaram aludido comunicado público do dia 17 foram surpreendidos com publicações nas mídias sociais de ameaças, intimidações e ofensas por conta da referida decisão técnica da agência”, afirmou a Anvisa em comunicado neste domingo.
A autarquia pede, em carta ao procurador-geral Augusto Aras, adoção de medidas para apuração criminal das ameaças recebidas contra os diretores e servidores da agência e também urgência na concessão de proteção policial aos membros da Anvisa e suas famílias “a fim de salvaguardar a sua integridade física e psicológica diante da gravidade da situação enfrentada”.