A ativista climática Greta Thunberg foi detida ao lado de outros colegas de ecoativismo nesta terça-feira (17), durante protestos contra a demolição de um vilarejo para abrir caminho para a expansão de uma mina de carvão. Mas ela foi liberada após ter sido fichada.
Thunberg foi presa enquanto protestava na mina de carvão a céu aberto de Garzweiler 2, a cerca de 9 km da vila de Luetzerath. A polícia havia alertado o grupo sobre a remoção à força caso não se afastasse da borda da mina.
A vila, no estado ocidental de Renânia do Norte-Vestfália, está sendo destruída para permitir a expansão da mina. A proprietária da mina, a RWE, fez um acordo com o governo para demolir Luetzerath em troca de uma saída mais rápida do carvão e da preservação de cinco vilarejos originalmente destinados à destruição.
Ativistas dizem que a Alemanha não deveria mais minerar linhito, ou carvão marrom, e deveria se concentrar na expansão de energia renovável.
“Vamos usar a força para levá-los à verificação de identidade, então, por favor, cooperem”, disse um policial ao grupo, segundo imagens da Reuters.
“Greta Thunberg fazia parte de um grupo de ativistas que correram para a borda [da mina]. No entanto, ela foi parada e carregada por nós, com este grupo, para fora da área de perigo imediato, para que pudéssemos estabelecer sua identidade”, disse à Reuters um porta-voz da polícia de Aachen, acrescentando que um ativista havia pulado na mina.
Thunberg se dirigiu aos cerca de 6.000 manifestantes que marcharam em direção a Luetzerath no sábado (14), que chamavam a expansão da mina de “traição das gerações presentes e futuras”.
“A Alemanha é um dos maiores poluidores do mundo e precisa ser responsabilizada”, disse a ativista sueca.